Henricus Hondius (1587 - 1638) & Johannes Janssonius. (1588 -_1664). Foto Divulgação santander Brasil

Henricus Hondius (1587 – 1638) & Johannes Janssonius. (1588 -_1664). Foto Divulgação Santander Brasil

A cartografia dos séculos XVI ao XVIII teve um papel fundamental para o conhecimento e domínio do território, bem como para difundir a imagem do Novo Mundo por toda a Europa. Hoje, além do refinamento atingido pela ciência da cartografia e saberes afins, deve-se considerar o pensamento da arte contemporânea sobre o tema, disseminando múltiplas ideias, visões e interpretações sobre o nosso tempo.

A mostra ” A vastidão dos mapas”, em cartaz no Museu Oscar Niemeyer até 6 de agosto, apresenta um conjunto de mapas originais dos séculos XVI ao XVIII do núcleo de cartografia da Coleção Santander Brasil junto a obras contemporâneas, que se relacionam com questões como o mapeamento do espaço, das fronteiras, dos deslocamentos e fluxos territoriais, econômicos, culturais e subjetivos.

Com curadoria de Agnaldo Farias, a mostra apresenta mais de 90 obras de artistas dos séculos XVI ao XVIII como Jocodus Hondius, Justus Danckerts, Guillaume de L’Isle, Joan Blaeu, Giacomo Gastaldi, Henricus Hondius, Arnoldus Montanus – inclusive o mapa mais antigo da coleção, de Giacomo Gastaldi, feito em 1556 – aos contemporâneos Adolfo Montejo Navas, Angelo Venosa, Anna Bella Geiger, Chang Chi Chai, Carmela Gross, Feco Hamburguer, Fernando Zarif, Guga Szabzon, Humberto Guimarães, Lina Sôlha, Manoel Veiga, Marcelo Brodsky, Marcius Galan, Nelson Leirner, Rafael Assef, Rodrigo Torres, Sylvia Amélia, Vik Muniz, entre outros.

Obra de Carla Vendrami. Foto Marianna Camargo

Obra de Carla Vendrami. Foto Marianna Camargo

Elly de Vries, curadora da Coleção Santander Brasil, comenta: “Esta coleção nos remete à era das grandes navegações e da expansão europeia, revelando os avanços do conhecimento técnico e científico ao longo dos séculos. Os mapas orientam a navegação, descrevem a topografia, marcam a localização e a distância entre portos, a rede hidrográfica, as fronteiras territoriais, etc., além de ilustrar aspectos relativos à economia do país, aos domínios políticos, aos costumes indígenas, às espécies da fauna e da flora. Trazem, também, diversas referências à mentalidade da época, misturando lendas sobre monstros marinhos ou cidades cercadas de ouro, figuras mitológicas e alegorias. Real e imaginário, observação e invenção, ciência e arte. Eis o que torna a cartografia tão fascinante”.

Material Educativo

Além da mostra, a mostra disponibiliza um material educativo com textos do curador da exposição, Agnaldo Farias, com reflexões sobre o processo de planejamento da exposição, da curadora da Coleção Santander Brasil, Elly de Vries, que conta um pouco sobre a coleção e suas obras, e do arte-educador Carlos Barmak, responsável pela elaboração de seis atividades investigativas que acompanham o folder.

Carlos Barmak considera este material um apoio para visitantes e educadores que queiram desenvolver conhecimentos a partir da visita à mostra “A vastidão dos mapas”. “Educação é relação, e, ao se relacionar, você constrói conhecimentos”, defende. Nas escolas, o conteúdo do folder pode ser usado como ponto de partida para outros estudos, como geografia, história, cartografia, etc. O material gratuito está disponível na sala expositiva da mostra.

Serviço

Exposição “A vastidão dos mapas – Arte contemporânea em diálogo com mapas da Coleção Santander Brasil”

De 31 de maio a 6 de agosto de 2017

Visitação: terça a domingo, das 10h às 18h

Ingressos: R$ 16 e R$ 8 (meia-entrada)

Museu Oscar Niemeyer

Rua Marechal Hermes, 999

41 3350 4400

museuoscarniemeyer.org.br

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