Não pense que é só colocar os tênis e sair correndo para melhorar a sua performance e se tornar um corredor melhor

É normal que, com o passar do tempo, o corredor resolva se arriscar mais no esporte, seja tentando reduzir os seus tempos em provas de 5 ou 10 quilômetros ou resolvendo encarar os 21 ou 42 quilômetros, assim como as ultramaratonas. Essas escolhas são individuais e geralmente estão alinhadas a uma busca de melhora de performance.

Ao contrário do que se fala, não basta colocar o tênis no pé e simplesmente sair correndo, embora sempre seja uma opção em alguns casos. Uma planilha, que misture os diferentes tipos de treinos, costuma dar mais resultado e fazer seu corpo evoluir de uma forma mais rápida, seja para suportar mais quilômetros ou aumentar o seu ritmo.

Além disso, ao diversificar os estímulos, o corredor passa a se conhecer ainda mais, entendendo como o seu corpo reage ao pace, à velocidade, entre outros aspectos. O treinador e sócio proprietário da V8 Assessoria Esportiva Daniel Oliveira Júnior apresenta alguns tipos de treinos e os seus objetivos.

Longo – Dependendo do objetivo do corredor, ele visa aproximar a distância de competição com o treino. Geralmente, usa-se essa terminologia para treinos com mais de 15 quilômetros, pois são mais longos do que o normal. No entanto, para quem busca uma maratona, os longos costumam superar os 30 quilômetros.

Fartlek – Trata-se de um treino variado, que estimule o corpo de diferentes maneiras. Estabelecem-se variações de velocidade por tempo ou por distância, assim como de terreno e de ritmos, sem necessariamente ser organizado de uma forma exata. Exemplo: Correr 1 minuto rápido e 2 minutos devagar; correr 1 quilômetro rápido e um mais lento. A ideia é justamente fazer com que o corpo não se acostume com o ritmo.

Intervalado – Se você já viu um corredor sentado ou deitado no chão depois de passar voando por você, é bem provável que ele esteja fazendo um intervalado. O foco é fazer estímulos de velocidade separadas por um intervalo de tempo ou de distância. Por exemplo: um treino de 10 estímulos de 400 metros, com 100 metros de intervalo caminhando. Também pode-se fazer o intervalo somente de tempo, com um descanso entre cada série.

Progressivo – Como o seu próprio nome já diz, a velocidade vai aumentando ao longo do treino. Em um treino de 6 quilômetros, pode-se aumentar o pace gradativamente: 1 km a 6’00’’, depois a 5’40’’, 5’20’’, 5’00’’, 4’40’’ e o último a 4’20’’. Essas velocidades são apenas exemplos e cada corredor deve ajustar o seu ritmo ao treino.

Regressivo – É exatamente o contrário do progressivo. Em vez de focar no aumento de velocidade, a ideia é ir reduzindo o ritmo para terminar mais lento. Nos dois casos, é um treino que oferece o autoconhecimento e como o corpo reage a cada velocidade.

Regenerativo – Visa apenas manter o corpo condicionado. Normalmente, é recomendado depois de provas ou de outro treino muito intenso, visto que sua intensidade deve ser bastante leve.

Qual é o seu treino predileto?