Depois de estampar as páginas de jornais de todo o País no início da semana, com seu punho cerrado ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, na reabertura dos trabalhos do Congresso, em protesto contra a prisão de seus companheiros condenados no caso do mensalão, o vice-presidente da Câmara Federal, deputado André Vargas (PT), voltou ontem a disparar sua metralhadora giratória. Em entrevista à rádio CBN de Cascavel, Vargas disse, entre outras coisas, que não acredita que Osmar Dias (PDT) vá disputar o Senado contra seu irmão, Alvaro Dias (PSDB). E que a senadora Gleisi Hoffmann (PT) pode ficar fora do segundo turno da eleição para o governo do Estado, caso o senador Roberto Requião (PMDB) entre no páreo.
 
Regra três
Não acredito que Osmar Dias dispute com o irmão e, se precisar, estou preparado para estar ao lado da senadora Gleisi. Alvaro é fortíssimo e favorito, desde que não tenha adversário. Seu perfil é de ataque, tem respeito, mas me parece insuficiente para representar o Paraná, afirmou o cacique petista. Se ele for candidato ao Senado, vou apoiá-lo, se não for, eu gostaria de ser. Até o final de março deveremos resolver isso, acrescentou Vargas.

Eleição aberta
Sobre o apoio do PMDB à Gleisi, Vargas lembra que o partido está dividido e já foi assim na última eleição, quando alguns integrantes decidiram apoiar Beto Richa. O PMDB pode ter candidatura própria, já que Requião é muito forte, foi governador com três mandatos e é hoje quem de fato enfrenta polêmica e tem 45% do PMDB, mas também pode optar por apoiar Richa. O PT está aberto, temos a vaga de vice e eventualmente a vaga do Senado, se eles quiserem vir conosco. Queremos conversar com o PMDB, mas não podemos ajudar na divisão do partido, avalia. O deputado afirma que a eleição no estado está totalmente obscura. Richa ou Gleisi podem ficar fora do segundo turno, se Requião se candidatar, ele tem a sua força.

Tiroteio
Gleisi Hoffmann também voltou à carga ontem contra o governo Beto Richa, dando sequência ao seu novo estilo que deixou de lado a antiga postura paz e amor. Depois de participar da entrega de máquinas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para 50 municípios paranaenses, em Cascavel, afirmou achar lamentável um estado como o Paraná figurar nas páginas de jornais nacionais como um estado caloteiro. A resposta dos aliados do governador foi rápida: lamentável é um país descontrolado comandado por um bando de aloprados.
 
Correndo o trecho I
Falando em Requião, o peemedebista volta à estrada hoje, em busca de apoio para seu sonho de disputar a eleição para o Palácio Iguaçu. O senador vai estar em Irati, Pitanga e Laranjeiras do Sul para encontros com militantes do partido na região. Na semana passada, o senador esteve em Campo Mourão, Umuarama e Paranavaí.

Correndo o trecho II
Os pré-candidatos do PSD ao governo, empresário Joel Malucelli, e ao Senado, deputado federal Eduardo Sciarra, também pretende retomar neste mês a agenda no interior do Estado. Os dois estarão em Cascavel e Foz do Iguaçu nos dias 20 e 21, respectivamente, para ouvir as propostas da região Oeste para o plano de governo que está em elaboração. Também será discutida a composição de chapa de candidatos a deputado estadual e federal.

Renovação
Segundo o partido, até maio deste ano, o plano de governo do PSD estará pronto. Pré-candidato ao governo, o empresário Joel Malucelli, afirma que os partidos políticos precisam se renovar. Tenho dito, em poucas palavras, que nós precisamos fazer do Paraná um estado projetado para os próximos 30 anos e, para isso, ouvir os cidadãos é fundamental, avalia Malucelli.

Recurso
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) acatou parcialmente recurso do ex-prefeito de Paulo Frontin (região Sul) Ireneu Inácio Zacharias contra decisão anterior que havia considerado irregulares as contas de 2005 do Executivo Municipal. Com isso, as contas daquele exercício passam a ser consideradas regulares com ressalva. A causa original do parecer pela desaprovação foi a emissão irregular, pelo então contador do município, de empenho no valor de R$ 12.863,59 em favor de uma empresa para o pagamento de despesa inexistente. Zacharias alegou que não houve má-fé ou desvio de recursos públicos e nem tentativa de burlar os mecanismos de fiscalização do Tribunal de Contas. No recurso, o ex-gestor anexou comprovantes de que o dinheiro relativo ao empenho questionado foi utilizado no pagamento de despesas com precatórios, INSS e Pasep.


ALTA

Os depósitos em cadernetas de POUPANÇA somaram R$ 127,673 bilhões no mês de janeiro, enquanto os saques contabilizaram R$ 125,929 bilhões, deixando saldo de R$ 1,743 bilhão, de acordo com boletim divulgado ontem pelo Banco Central. Os rendimentos no mês contabilizaram R$ 3,107 bilhões.

BAIXA

O ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR (IPC) do município de Curitiba, para a faixa de renda familiar de 1 a 40 salários mínimos, foi de 0,45% no mês de janeiro, valor inferior ao observado em dezembro passado (0,61%). A desaceleração ocorre também no cotejo com o mês de janeiro de 2013 em que a taxa foi de 0,79%.