O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 13, que, do ponto de vista da sua pasta, não falta nada para apresentar a proposta de novo arcabouço fiscal. Segundo Haddad, a proposta tem sido tratada com cautela para evitar um vazamento que possa configurar informação privilegiada.

“Vai vazar uma hora, mas vai vazar do jeito certo. Não queríamos que alguém recebesse uma informação privilegiada e isso fizesse preço. A cautela foi só não privilegiar ninguém, e todo mundo ficar sabendo conjuntamente de qual é a decisão do presidente Lula”, disse o ministro da Fazenda.

Haddad repetiu que a proposta já foi finalizada pela Fazenda e apresentada a economistas de outras áreas do governo na semana passada. Ele lembrou que, agora, o andamento da medida dependerá do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro da Fazenda disse que a ideia é encerrar os trâmites da proposta antes da viagem do mandatário à China, no próximo dia 24.

“Vou falar com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que é ministro do Desenvolvimento, se a agenda dele permitir, hoje. E aí nós estaremos preparados para levar nesta semana para o presidente Lula. E eu gostaria de fazê-lo antes da viagem para a China, para a gente ter tempo de dar ao Ministério do Planejamento condições de começar a elaborar a LDO, Lei de Diretrizes Orçamentárias, com base na nova regra”, comentou ele.

Haddad disse que já finalizou não só o arcabouço, mas a grade de parâmetros que considera adequada para “fazer a economia caminhar bem”.

A viagem de Lula à China está marcada para ocorrer dois dias depois da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que será divulgada em 22 de março.