Deu na Parabólica

A cúpula estadual do PT se reuniu ontem pela manhã e chegou à conclusão de que é preciso “acelerar” o processo de articulação para as eleições de 2010. O deputado federal André Vargas afirma que, enquanto o grupo do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), trabalha a pleno vapor, os partidos que integram a base do governo Lula — PT, PMDB e PDT — seguem estacionados pelo impasse na definição de candidatos e alianças.

Ao velho estilo, Vargas rebateu as declarações do governador Roberto Requião (PMDB), que classificou como “asneira” tentativa do PT de aproximação com a candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo. “Pois eu acho que o Requião apoiar o PSDB do José Serra é uma asneira”, afirmou, lembrando que o namoro com os tucanos já teria quase custado ao peemedebista sua reeleição em 2006, só garantida após o apoio pessoal de Lula — e por uma diferença mínima de 10 mil votos,

 O deputado Dobrandino da Silva garantiu ontem que não pretende seguir o caminho de seu filho, o ex-prefeito de Foz do Iguaçu, Celso Sâmis, que na semana passada trocou o PMDB pelo PSDB. Dobrandino afirma que é fundador da legenda e que sempre foi fiel a ela “nos bons e maus momentos”. O que não o impede de prever que a candidatura própria do vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) ao governo do Estado em 2010 tem poucas chances diante do fenômeno Beto Richa.