Um equilíbrio delicado entre o desenvolvimento econômico, a inclusão social e o respeito pelo meio ambiente. É sobre este tripé que se desenvolvem as propostas que irão balizar a criação e uma “economia verde”, discutidas na última sexta-feira (23), em Foz do Iguaçu, durante o Seminário de Economia Verde e Inclusiva da Região Sul, etapa regional dos Diálogos Nacionais: Rumo à Rio+20, iniciativa que tem como objetivo mapear as propostas de todo o Brasil e elencar aquelas que serão levadas à conferência mundial que será realizada no Rio de Janeiro em 2012.

“O grande diferencial desses eventos é a participação maciça da sociedade civil organizada na construção desta agenda para a Rio + 20”, afirmou o gerente de fomento e desenvolvimento da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Gustavo Fanaya, que representou a entidade no evento em Foz do Iguaçu. Na sua avaliação, um dos pontos fortes do seminário foi a elaboração de propostas concretas, que partiram de uma base conceitual já estabelecida. “Foi o momento de transformar o discurso em propostas concretas.”, observou.

No que se refere ao novo modelo econômico buscado pelos especialistas, Fanaya ressaltou que não existe solução mágica, nem soluções isoladas para esta questão. “É preciso coordenar as ferramentas de cada área para que atuem em sintonia.”, afirmou, referindo-se aos órgãos de governo, às instituições privadas e aos consumidores.  “Temos que buscar um modelo de transição gradual com menos impacto ambiental, valorizando o fator social e sem ameaçar a questão econômica.”, disse.