O futebol é a coisa mais importante dentro daquelas consideradas as menos importantes. É uma parte da sociedade em que o ladrão, depois de praticar seus atos ilícitos, consegue deixar a cena do crime escoltado e protegido pelos policiais. O que se viu em Londrina, na última terça feira, no estádio do Café, no jogo entre Londrina e Santos pela Copa do Brasil, foi vergonhoso, uma verdadeira covardia. O árbitro da partida operou o time da casa sem anestesia. O time da casa perdeu o jogou por conta de um pênalti marcado, mas que não houve.
A arbitragem do futebol brasileiro há tempos é muito fraca e decepciona a cada partida realizada. São incontáveis os erros, por conseqüência várias reclamações dos prejudicados. Porém, não se vê nenhum tipo de movimentação dos poderosos para resolver ou pelo menos minimizar esses fatos lamentáveis e que prejudicam o futebol. Isso deixa os torcedores muito chateados e traz inúmeros prejuízos financeiros para os clubes de futebol.
Não entendo que os erros de arbitragem sejam decisivos de maneira direta em todos os jogos. Mas uma falha como houve em Londrina pode mudar, como mudou o rumo da partida — mexeu com a cabeça dos jogadores que encaravam o time do Santos de igual para igual.
Na real, os comandantes do nosso futebol deveriam rever alguns dos seus conceitos mais ortodoxos. Dever-se-ia observar as tendências mundiais em todas as atividades esportivas e adaptar ao futebol. A tecnologia disponível seria muito bem vinda ao esporte mais popular do mundo. Por que não recorrer aos recursos imagem quando de uma marcação polêmica para evitar o erro?
Obviamente, sempre haverá erros no futebol. Os árbitros são humanos e como tal estão sujeitos a cometer equívocos, independentemente de qual medida seja tomada. Entretanto, algo deveria ser feito. Não podemos mais aceitar que esses fatos que desmotivam os torcedores e diminuem a credibilidade do nosso futebol continuem a serem tratados com descaso ao invés de serem enfrentados.

Erros e acertos
O Atlético Paranaense esta de técnico novo, de novo. Já é uma prática comum nos últimos anos, há uma fórmula mágica para realizar as suas pré-temporadas e quando os resultados não aparecem o treinador é demitido.
Claudinei Oliveira já faz parte do passado e o trabalho iniciado por ele foi jogado no lixo. Os números do antigo treinador não eram positivos, não o ajudavam. Só que no Atlético Paranaense os números não são sinônimos de garantia de permanência no cargo. Lembra do Geninho? Pois é, o técnico campeão brasileiro foi demitido em 2011 com números muito favoráveis.
Houve um avanço nesta temporada. Aquele projeto de começar o campeonato regional e terminar com seu time alternativo, enquanto o time principal só treinava, foi abolido. Fizeram o correto na concepção da ideia, mas erraram na execução.
O correto seria utilizar os dois elencos de forma alternada, independentemente dos resultados. Contudo, para quem declina da conquista do título paranaense, as derrotas iniciais e a péssima campanha fizeram com que os diretores do clube mudassem de ideia e errassem mais uma vez. A viagem para a Espanha serviu apenas como uma extensão das férias dos jogadores titulares.
Com relação à contratação do Enderson Moreira, em princípio, eu gostei. Pode ser que dê certo, mas, por favor, não queiram interferir no seu trabalho de campo e não o atrapalhem fora dele.

Edilson de Souza é radialista