PAULO PEIXOTO
BELO HORIZONTE, MG – A fama de brigões dos argelinos, quando provocados, passou longe do Mineirão nesta terça-feira (17), antes e durante a partida entre as seleções da Argélia e da Bélgica.
Desde a chegada ao estádio, em Belo Horizonte, o que se viu foi um clima de confraternização e muitas poses para fotos com argelinos, belgas e brasileiros misturados. Belgas e brasileiros, inclusive, bastante solidários na cerveja.
Os ambulantes da cervejaria patrocinadora da Fifa, os únicos autorizados a vender cerveja fora do estádio, baixaram o preço do produto em 50% em relação ao jogo do último sábado (14), entre Colômbia e Grécia, e ficaram satisfeitos com o resultado das boas vendas.
Muitas fantasias deram a graça na esplanada do Mineirão. Os belgas, muitos deles, se vestiram de “diabos vermelhos”, como são conhecidos os jogadores da seleção da Bélgica.
Um grupo de ingleses chamava a atenção porque vestiam uniformes da seleção brasileira e se pareciam com o personagem Coalhada, criado pelo humorista Chico Anísio. Eles, no entanto, nunca tinham ouvido falar nele.
Rostos pintados com as cores das bandeiras dos países, cabelos artificiais e bastante disposição para cantar. Esse ambiente dominou antes da partida. Dentro do estádio, a rivalidade entre belgas e argelinos apareceu nas vaias.
“Viemos aqui para festejar com a nossa seleção. Se ganharmos, está muito bom. Respeitamos muito o trabalho da nossa jovem seleção, que pode ser realmente uma surpresa”, disse o belga Jaber de Vreker, 34.
Mansuri Bachier, 48, torcedor da Argélia, vestido com uma roupa longa e turbante, disse que estar no Brasil para acompanhar a seleção do seu país era uma “grande alegria”.
Os argelinos, aliás, fizeram muita festa no Mineirão porque estiveram sempre em vantagem no placar até 25 minutos do segundo tempo. Mesmo com o empate eles festejaram, mas, após a derrota, deixaram o estádio frustrados.