O líder do governo Beto Richa na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB), admitiu hoje que o Estado não tem como pagar as promoções e progressões dos servidores públicos e ao mesmo tempo, o reajuste salarial previsto para janeiro de 2017. O problema foi discutido em reunião dos deputados da bancada governista com o governador Beto Richa (PSDB) e o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, no Palácio Iguaçu, ontem.

Atrasados
Segundo Romanelli, até 31 de julho, as promoções e progressões de 17 carreiras do Estado cujo pagamento está atrasado somam R$ 346 milhões. Até o final do ano, esse valor chegaria a R$ 700 milhões. Além disso, o acordo fechado no ano passado prevê que o governo teria que pagar, em janeiro de 2017, a reposição salarial do funcionalismo relativa à inflação de janeiro a dezembro de 2016, estimada em 7%.

Opção
O Orçamento de 2017 não suporta implantar e pagar as promoções e progressões que estão atrasadas e ao mesmo tempo pagar o reajuste em janeiro de 2017. Há uma discussão de que primeiro se paga as promoções e progressões e depois aplica-se o percentual da revisão (salarial) de 2017, afirmou o líder do governo. Se somarmos R$ 700 milhões que temos que pagar no ano que vem, mais os R$ 411 milhões que é o custo anual dessas promoções e progressões para o ano que vem, e o crescimento vegetativo de 2% da folha isso é inviável. Haverá que se fazer uma opção. As duas coisas não tem como pagar, explicou.

Loft
Em relação a matéria publicada ontem pelo Bem Paraná segundo a qual o advogado Guilherme Gonçalves, preso pela operação Custo Brasil, teria pago despesas de um loft em Brasília utilizado pela senadora Gleisi Hoffmann (PT), a assessoria da petista enviou nota hoje afirmando que nunca se utilizou de loft locado pelo advogado Guilherme Gonçalves, nem em Brasília nem em Curitiba. Segundo a nota, Loft Imóveis é o nome de uma imobiliária de Curitiba que foi utilizada por Guilherme Gonçalves para a locação de um pequeno escritório para a pré-campanha no ano de 20103 . A assessoria de Gleisi lembra ainda que Gonçalves foi advogado da campanha da senadora.

Pedágio
A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia aprovou ontem subemenda do deputado Felipe Francischini (PSDB) a dois projetos dos deputados Tercílio Turini (PPS) e Leonaldo Paranhos (PSC) que prevêem a exigência de autorização prévia do Legislativo em caso de prorrogação dos contratos de pedágio. Francischini acolheu proposta de Paranhos de que a aprovação dependa de quórum simples da maioria dos parlamentares presentes, e não quórum qualificado de pelo menos 28 votos. O relator original da matéria, deputado Luiz Cláudio Romanelli, disse que vai recorrer.

Paranaguá
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) confirmou medida cautelar expedida em março e manteve a indisponibilidade de bens de 17 pessoas e nove empresas, com o objetivo de ressarcir dano contra a prefeitura de Paranaguá (Litoral). O TCE revogou a cautelar de indisponibilidade de bens apenas em relação ao atual prefeito, Edison de Oliveira Kersten.

Tecnologia
A decisão se refere a uma auditoria que apurou irregularidades graves no gasto de aproximadamente R$ 40 milhões pela prefeitura com serviços de tecnologia da informação, entre os anos de 2007 e 2014. O Tribunal vai abrir um total de 53 investigações em relação a essas nove empresas e a 70 pessoas – incluindo o atual prefeito, e o antecessor, José Baka Filho (gestões 2005-2008 e 2009-2012).