Os treinos são totalmente direcionados, visando não prejudicar o cumprimento da planilha de corrida

Treinamento funcional não se trata de qualquer método, exercício ou uso de equipamentos. Baseado em evidências, o foco é construir um tipo de treinamento que ofereça resultados mais completos ao atleta. “É preciso observar os indivíduos, seus movimentos e seus objetivos. Não se deve pensar na tendência da moda”, explica Eduardo Sosnowski, que realiza treinamento funcional no Studio 1.6.

Não só os corredores, mas muitas pessoas têm adotado a prática em função dos benefícios – aumento da capacidade cardiorrespiratórios, da força muscular, da disposição, entre outros – e da variação dos treinos, que nunca são iguais. Neste ano, realizamos o treinamento funcional entre março e dezembro. Os resultados – tanto em aumento de velocidade na corrida como em resistência – foram perceptíveis e sentidos em nosso dia a dia.

Veja outros esclarecimentos prestados por Sosnowski sobre o treinamento funcional na entrevista abaixo:

– Por que o treinamento funcional se tornou uma febre entre corredores, na sua opinião?

Por ser uma atividade que não demanda equipamentos iguais ao da musculação convencional, o treinamento funcional pode ser realizado em parques, praças, praia, e, por isso, ficou mais fácil o acesso para os corredores. E, é claro, a grande vantagem do treinamento funcional para corredores: o treino é 100% direcionado, de forma individualizada, sem prejudicar os treinos de corrida.

– Qual o tipo de benefício deste treinamento? Como Personal Trainer, quais são as vantagens visualizadas por você na comparação com outros exercícios, como a academia?

No funcional, temos um resultado mais rápido de que em outras atividades, pois trabalham-se exercícios de forma integrada e não isolada, como na musculação, por exemplo. Diferente da academia cuja maioria dos casos o aluno fica 2, 3 meses com o mesmo treino, aqui no Studio cada treino é único, ou seja, toda aula um treino diferente.

– Há alguma desvantagem nesta prática? Se não, que tipo de cuidados devem ser tomados pelos corredores?

O principal cuidado a ser tomado é com o equilíbrio de força e flexibilidade. Nos treinos, é preciso trabalhar as cadeias musculares anteriores e posteriores, equilibrando as forças para evitar lesões. Cuidar também em manter musculaturas do core (perna, glúteos, abdômen e dorsais) fortes o suficiente para aguentar o impacto de uma maratona ou meia maratona, por exemplo. E dar a devida atenção a flexibilidade para evitar dores.

– Você podia falar sobre dois equipamentos que são novidades no Studio 1.6: o fitpulley e o Stroops? Como eles funcionam? Quais seus diferenciais?

Fitpulley – É uma estação de musculação extremamente compacta que oferece carga por meio de resistência elástica, polias deslizantes permitem posicionamento linear de vetores de saída e ajustes de carga entre 2 e 35kg, mensuráveis. No Fitpulley, podemos fazer uma sessão completa de treino com um equipamento.

Stroops – Conjunto de elásticos com cargas variadas de acordo com o número utilizado para cada exercício. Com os stroops, é possível fazer treino de agilidade, força, potência, corrigir técnica de corrida e trabalhar a reabilitação, caso necessário.

– Como conciliar funcional e corrida, já que a funcional geralmente é muito desgastante? Qual seria o número de práticas de funcional e de corridas por semana?

No caso dos corredores, é preciso adequar o treino funcional a periodização dos treinos de corrida, pois o objetivo principal é o desempenho nas provas. Portanto, a quantidade de aulas por semana irá variar de acordo com o cronograma de corridas de cada aluno.

– Alguma dica específica para dar aos corredores?

Procure sempre um profissional capacitado. Infelizmente, muitos profissionais utilizam a expressão de treinamento funcional sem conhecer a metodologia, ocasionando prejuízos ao aluno.

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