A União Europeia promoveu uma ação contra a Polônia nesta quarta-feira, em razão de preocupações de que o governo do país comprometeu a independência do judiciário e com os riscos de violação aos valores fundamentais da Europa. Em resolução aprovada por 438 a 152, com 71 abstenções, os legisladores desencadearam o primeiro estágio do chamado processo de Estado de Direito contra o governo polonês. O procedimento pode levar a suspensões dos direitos de voto da Polônia na UE. A Comissão de Liberdades Civis da Assembleia deve agora elaborar uma proposta legal para solicitar formalmente que o mecanismo, conhecido como Artigo 7, seja ativado em razão de um risco claro de uma violação grave aos valores da UE. A Comissão da UE já lançou um procedimento contra o governo de direita em Varsóvia, em meio a preocupações de que novas leis na Polônia prejudiquem a independência judicial e o estado de direito. A votação ocorreu depois de um acalorado debate que expôs as visões contrárias de funcionários europeus, que tentam manter a Polônia em um curso democrático.

VENEZUELA
Crise
Os preços do petróleo caíram nesta semana em meio a preocupações quanto ao aumento dos estoques de petróleo bruto e ao enfraquecimento da demanda. Por enquanto, essas preocupações estão ofuscando o impacto potencial de default venezuelano. A Venezuela já foi uma das nações mais ricas da América do Sul, devido às suas reservas de petróleo, as maiores do mundo. Mas as agências de classificação de risco declararam default do país, depois que deixou de pagar US$ 200 milhões em cupons de bônus com vencimento em 2019.

CONSUMIDOR
Renúncia
Richard Cordray, diretor do Bureau de Proteção Financeira ao Consumidor, que tinha sido nomeado pelo ex-presidente Barack Obama, anunciou renúncia, que será efetivada até o final de novembro. Ele deve retornar ao seu estado natal de Ohio para concorrer a governador. O democrata tem sido um crítico ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dentro do governo. Ele foi o primeiro chefe confirmado da agência independente criada pela Dodd-Frank, legislação criada após a crise econômica de 2008 para evitar futuros colapsos.

LÍBANO
Detido
O presidente do Líbano, Michel Aoun, acusou ontem a Arábia Saudita de ter detido o primeiro ministro de seu país, em uma escalada da crise que se seguiu à renúncia surpresa de Saad Hariri, cerca de duas semanas atrás. Aoun disse em sua conta oficial no Twitter que nada justifica o fracasso de Hariri em voltar para casa, 12 dias depois de renunciar. Nós o consideramos detido, em violação às leis internacionais, disse Aoun. Ele anteriormente apenas questionou as circunstâncias misteriosas sob as quais Hariri renunciou.

ZÂMBIA
Golpe
Um grupo de militares ocupou as ruas de Harare, capital do Zimbábue, ontem após um comandante do Exército ameaçar intervir para acalmar a tensão em torno da sucessão do ditador Robert Mugabe, 93 anos, há 37 anos no poder. Segundo os militares, Mugabe está sob custódia em sua casa. Ao menos um ministro, Ignatius Chombo, das Finanças, foi detido pelo grupo. O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, disse que falou com Mugabe por telefone. De acordo com Zuma, Mugabe está confinado em sua residência mas disse que está bem.