O governador Beto Richa (PSDB) minimizou resultado de levantamento da Paraná Pesquisas, divulgado ontem, que aponta que ele seria desaprovado hoje por 71,2% dos eleitores, contra 24,4% que o aprovam. Passei por ano difícil, do ajuste fiscal que foi promovido no Estado, onde eu paguei um preço pessoal muito caro e eu sabia que assim seria. Eu aceitei esse desafio, coloquei meu patrimônio político em risco para cuidar do patrimônio do Paraná, comentou ele.

Contaminação
Para o tucano, o cenário nacional também colaborou para o resultado negativo. Existe um grande mau humor compreensível dos brasileiros com a classe política, em função do grande volume de escândalos, com o que está acontecendo no Brasil. Mas enfim, acho que isso passa e a minha dedicação é para cumprir um bom mandato e fazer o melhor para o nosso Estado, avaliou Richa.

Favoritos
O mesmo levantamento também apontou que os senadores Alvaro Dias (PSDB) e Roberto Requião (PMDB) são favoritos na disputa pelo governo do Estado para 2018. Se as eleições fossem hoje, Alvaro teria 33,9% das intenções de voto, contra 26,7% de Requião e 16,9% do deputado estadual e secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano, Ratinho Júnior (PSC).

Publicano
A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Londrina (Norte do Estado), emitiu recomendação administrativa dirigida ao presidente da Paraná Previdência para que não sejam concedidas aposentadorias a auditores fiscais processados pela Operação Publicano. No dia 1º de setembro, o Conselho Superior dos Auditores Fiscais da Receita Estadual aprovou pedidos de aposentadorias de quatro auditores fiscais que são réus nas ações decorrentes da operação Publicano, que investiga um esquema de cobrança de propina e sonegação.

Indignação
Para o Ministério Público, essa decisão causou notória indignação popular. Na avaliação do órgão, diversos auditores denunciados passaram a requerer aposentadorias com a intenção de livrar-se de eventual decisão que determine perda de suas funções públicas ou cassação de aposentadores.
Caso a recomendação seja descumprida, os responsáveis ficarão sujeitos a ação civil pública por improbidade administrativa.

Bloqueio
A Vara da Fazenda Pública de São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba), determinou liminarmente o bloqueio dos bens do prefeito de Tijucas do Sul, José Altair Moreira (PP), de dois secretários municipais (Educação e Administração) e de outras seis pessoas por envolvimento em fraude à licitação para contratação de serviços de transporte. A decisão atende pedido do Ministério Público em ação por improbidade administrativa. De acordo com as investigações do MP, houve diversas irregularidades na licitação que resultou na contratação de uma empresa para realização do transporte de estudantes com necessidades especiais.

Direcionamento
Segundo a ação, houve direcionamento da licitação, falsificação de documentos e superfaturamento de valores, entre outras irregularidades. Todos os réus tiveram os bens bloqueados até o montante de R$ 427 mil, para garantia de ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres públicos. No julgamento do mérito, a ação requer a condenação dos envolvidos por improbidade administrativa, que pode resultar em penas como perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa e proibição de contratar com o poder público, entre outras.