Conhecida como a “estação das flores”, uma das mais bonitas e coloridas do ano, a primavera também é famosa por desencadear as alergias respiratórias. Isso acontece devido ao período de reprodução das flores. De acordo com o homeopata e acupunturista Cícero Alaor Kluppel, nesta época o ar fica sobrecarregado de grãos de pólens, substância altamente alérgica.


“O pólen, assim como a poeira doméstica, os pêlos de animais e o mofo, é um fator provocador de alergia respiratória. Ao confundir essa substância como inimigo a ser destruído, o organismo inicia um ataque que provoca inflamação e inchaço na mucosa do nariz produzindo coriza, espirros e congestão”, explica o médico.


De acordo com Cícero, tanto a homeopatia quanto a acupuntura costumam ser eficazes na cura e prevenção dos sintomas alérgicos. “Nesse caso, ambas são melhores que a alopatia, pois modificam a resposta imunológica e emocional do paciente. Além disso, mudam a reatividade à substância alergênica e a resposta à doença”, destaca. Por esses motivos, Cícero garante que o tratamento é mais profundo.


As plantas tipicamente brasileiras costumam ter folhas grandes e pesadas, o que faz com que o pólen não fique no ar, mas acabe caindo no chão.  Entretanto, há cerca de 30 anos, quando o País passou a importar plantas, aconteceu um aumento significativo nos registros de polinose. “Polinose é a alergia ao pólen de plantas originárias de países do Hemisfério Norte e até de vizinhos, como a Argentina”, destaca Cícero.


O médico explica que a polinose caracteriza-se por sua periodicidade anual, sempre durante o período de polinização. “A doença tem registros em várias partes do mundo”, afirma.


Os pólens são as células de reprodução masculina das plantas, necessárias para a fertilização. “A intensidade da reação alérgica depende, entre outros fatores, de como ocorreu o processo de polinização. Se esta foi realizada pelo vento, os alérgenos ficam espalhados no ar e causam mais alergias, pelo processo de respiração”, explica Cícero.


Segundo o médico, as plantas mais coloridas causam menos alergias, pois são polinizadas por insetos. “Elas produzem pólens mais pesados, que grudam nos insetos e não ficam espalhados no ar”, declara.


 


 


Cuidados simples para evitar as crises alérgicas


 


– Os pólens são liberados entre 5h e 10h. Evite caminhada e atividades ao ar livre nestes horários, principalmente em áreas ajardinadas;


 


– Mantenha janelas fechadas durante a noite para evitar a entrada, junto com o ar, de pólens e fungos;


 


– Lavar roupas em água quente e usar a secadora (pólens e fungos podem impregnar em tecidos pendurados em varal);


 


– O ato de cortar grama espalha pólens e fungos. Além disso, é bom evitar passar por locais com grama recém-cortada;


 


– A terra úmida dos vasos dentro de casa propicia o aparecimento de fungos, por isso, não encharque as plantas e evite ter muitos vasos dentro de casa;



– Evitar cultivar plantas polinizadas pelo vento, que são mais alergênicas que aquelas polinizadas por insetos. Lembre-se: quanto mais coloridas menos alergênicas.