Cerca de 100 calouros da Universidade Federal do Paraná (UFPR) se reuniram ontem para pintar duas escolas e um Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) de Curitiba. A mobilização fez parte do trote solidário organizado pelos centros acadêmicos dos calouros dos cursos de Engenharia de Produção, Arquitetura e Engenharia Elétrica.
A ação que é uma espécie de recepção aos novos estudantes, e vem mudando nos últimos anos, trocando as brincadeiras mais agressivas ou humilhantes pela solidariedade. Ainda que continue comum encontrar calouros em semáforos próximo de universidades no chamado pedágio — pedem dinheiro aos motoristas a fim de colaborar com a festa de recepção — também está se tornando comum que o trote seja uma doação de sangue, uma ação voluntária e até gincanas sociais.
O trote solidário dos cursos de engenharia acontece desde 2006 e é iniciativa do Diretório Acadêmico de Engenharia Civil. Nos últimos anos, o diretório convidou outros cursos para participarem da ação, que normalmente acontece em escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs).

Com esta prática, estamos devolvendo para a sociedade o que ela nos deu uma boa escola pública e um espaço bom para estudar, disse Lucas de Moura Ribas, organizador da ação na escola e estudante de Engenharia Elétrica.
O trote solidário é muito mais significativo para a comunidade, disse a estudante Maria Leonora Pereira Cabral, caloura de Engenharia de Produção na UFPR. Junto com ela, outros estudantes dedicaram um tempo da rotina de estudos e trabalhos acadêmicos para cuidar do jardim, plantando mudas de flores na escola.
PUC — Na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) acontece a acolhida aos calouros. São várias ações que seguem até o dia 13 de março. Ontem, por exemplo, começou o trote solidário, com doação de sangue por parte dos calouros e veteranos e uma gincana social, que pretende arrecadar alimentos para comunidades carentes.
A PUC proíbe trotes agressivos ou humilhantes dentro das suas instalações e ainda orienta os centros acadêmicos sobre esse tipo de recepeção, pedindo que sejam evitados mesmo fora da universidade. Até mesmo o tradicional pedágio — quando acontece — é acompanhado.