Foi lançada na quitna-feira (24), no Dia do Rio, a campanha “Mais Vida no Rio Belém”, criada pelo deputado estadual Rasca Rodrigues (PV) com o objetivo dar início a um movimento em prol da recuperação e revitalização dos 21 km do Rio Belém. Com o apoio de quem passava pelo cruzamento entre o Viaduto Colorado e a Rua Brasílio Itiberê, no centro de Curitiba, o deputado e sua assessoria distribuíram cartilhas educativas nos semáforos do cruzamento e nas residências e comércios no entorno do rio.

O foco da campanha “Mais Vida no Rio Belém”, segundo Rasca, é mobilizar principalmente a comunidade da Bacia do Rio Belém, pessoas que moram ou trabalham nos 37 bairros que compõem a Bacia (cerca de 475 mil pessoas). “São as pessoas que, de fato, poderão mudar a qualidade ambiental, social e econômica do rio. E já percebemos que elas querem um outro Rio Belém, esperam apenas uma iniciativa, uma oportunidade. É o que estamos fazendo hoje”, disse Rasca.

A cartilha

Intitulada “Vamos dar vida ao Rio Belém?”, a cartilha oferece de forma objetiva e didática informações gerais sobre a Bacia Hidrográfica do Rio Belém, assim como trajeto completo do Rio Belém, da sua nascente no bairro Cachoeira até sua foz no Rio Iguaçu e seus principais afluentes. “Queremos que as pessoas se vejam dentro da Bacia e percebam que pertencem a ela. Todos têm um rio ou córrego que passa perto de onde moram ou trabalham”, afirmou Rasca.

Já os capítulos seguintes trazem um raio-x da situação crítica em que se encontra o Rio Belém, com base em levantamentos recentes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e do Instituto Ambiental do Paraná. Os dados mostram que a Bacia do Belém é a mais poluída entre as seis bacias hidrográficas de Curitiba.

No capítulo em que busca-se o envolvimento para uma ação coletiva, a publicação apresenta os principais motivos da poluição dos rios urbanos, que, no caso do Belém, são as ligações irregulares de esgoto, o descarte clandestino de resíduos da construção civil e a degradação das mata ciliares com a ocupação irregular de suas margens.

De acordo com dados apresentados na cartilha, 90% da poluição das águas do Rio Belém tem origem na descarga irregular do esgoto doméstico. Somente nos 37 bairros que compõem a Bacia do Belém ainda há 9.153 ligações irregulares de esgoto, apesar de 95% dos imóveis possuírem cobertura da rede coletora da Sanepar.