O Brasil vem registrando nos últimos anos um aumento considerável da sífilis e consequentemente o aumento da sífilis congênita. Em Araucária não é diferente. Desde 2013 a cidade vem intensificando as ações de diagnóstico, tratamento e monitoramento deste agravo. De janeiro a setembro deste ano foram realizados pela Secretaria Municipal de Saúde de Araucária 3.537 testes rápidos para sífilis, sendo que destes, 119 testes tiveram resultado reagente para sífilis.
De acordo com a coordenadora do Serviço de Orientação à Aids de Araucária (SOA), Cleonice Aparecida Oliveira, muito se avançou na cidade, mas ainda há um longo caminho a se trilhar. É momento de uma grande mobilização envolvendo toda a rede de atenção da saúde e a participação da comunidade e rede civil é de extrema importância. Precisamos falar sobre o assunto com todos e em todos os lugares, buscar informações, realizar o teste, o tratamento correto e completo quando necessário, ressalta.
A Sífilis é caracterizada na sua fase primária por feridas indolores nos órgãos genitais, ânus e boca. Depois de um tempo a ferida desaparece e a doença volta na forma de manchas pelo corpo, descamação na sola dos pés e palmas das mãos. Quando não tratada a sífilis pode causar cegueira, paralisia, doenças neurológicas, problemas de coração e levar a morte. É transmitida quando um dos companheiros tem a doença e não há utilização de preservativo durante as relações sexuais, ou da mulher grávida para o bebê durante a gestação.
O índice de transmissão da sífilis durante a gestação é alto, as chances do bebê pegar a doença são maiores que 70% se a mãe não fizer tratamento. Em Araucária, em 2015, foram 12 casos notificados, um percentual de 4,9 a cada mil nascidos vivos, número que aumentou um pouco em 2016 e chegou ao índice de 5,8 a cada mil nascidos vivos, já que foram oito casos registrados no período.