A pedido do prefeito Roberto Justus, as Secretarias Municipais do Meio Ambiente e de Obras de Guaratuba apuraram que o córrego Brejatuba, que deságua no mar, no trecho da Praia das Canoas, recebe contribuição de águas pluviais (da chuva) e drenagens da microbacia dos bairros Figueira e Brejatuba. Portanto, a coloração escura da água é devida ao subsolo ser formado por piçarrão (tipo de solo) e turfa (composta em quase sua totalidade por matéria orgânica vegetal), não se tratando de despejo de esgoto, vez que toda essa região é atendida pela rede coletora de esgoto da Sanepar, o qual é enviado para a estação de tratamento. Alerta-se que mesmo não se tratando de dejetos de esgotamento sanitário, aquelas águas são impróprias para banho, porque as chuvas carregam dejetos de animais presentes nas ruas e outros materiais jogados na via pública.

 

 

O represamento das águas do córrego Brejatuba na Praia das Canoas decorre das fortes marés que formam um combro de areia (pequena duna), fechando o curso natural do canal e formando uma ‘lagoa’. A intervenção sobre o combro depende de licença ambiental, pois é uma intervenção em uma ação da natureza. A próxima intervenção ocorre nesta sexta-feira (1º), quando as equipes de Obras e Meio Ambiente irão abrir novamente o curso do canal para o mar.

A Prefeitura está estudando a possibilidade de construção de um canal definitivo, com margens de muro de gabião, para conduzir as águas até o mar, impedindo a ação da maré na formação de combros e consequentemente, da ‘lagoa’. O estudo será feito para todos os córregos que deságuam nas praias.