Faleceu na manhã de segunda-feira (19), aos 97 anos, o Expedicionário Alberto Augusto. Ele era um dos campo-larguenses que integrou a FEB (Força Expedicionária Brasileira) que lutou na Itália, na 2ª Guerra Mundial. Convocado em 1942, participou da guerra por cerca de um ano e retornou a Campo Largo em 1945. Ao lado de Felix Novak, ele era um dos dois últimos expedicionários que ainda estava vivo na cidade.

Alem de sua participação como Expedicionário, Alberto Augusto notabilizava-se como ceramista. Nascido em fevereiro de 1921, foi o fundador da Cerâmica Rio Branco. Seu avô era comerciante, e seu pai trabalhou como lavrador e foi empregado das fábricas de produtos cerâmicos Steatita e Brasileira. Alberto Augusto e seu irmão Albino Augusto fundaram em 1953 a Cerâmica Rio Branco, fruto de uma experiência anterior de 18 anos de trabalho também no setor cerâmico. Alberto iniciou sua prática na cerâmica quando tinha 14 anos, em 1935, como funcionário da fábrica de louça de Darcy Portela.

 

 

 

Posteriormente, trabalhou em outra empresa do mesmo setor, a Cerâmica Brasileira, durante um ano, voltando à Darcy Portela logo após. Esta experiência anterior o levou a montar em 1940, sua própria fábrica de telhas, tijolos e de louça “preta”, considerada por Augusto a louça com vidrado na cor preta. Esta fábrica, chamava-se Fábrica São João, e nela a produção era obtida a partir de terracota.

Até hoje existem exemplares das telhas produzidas, em poder do seu genro, ex-Vereador Balduíno Vidal. Em 1942, Alberto Augusto foi convocado para participar como pracinha junto ao Exército Brasileiro na Segunda Guerra Mundial.