José Fernando Ogura/AEN

O secretário de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost (PSD) confirmou no início da semana que vai deixar o cargo no governo do estado até o próximo dia 2 de junho para ser candidato a prefeito de Curitiba. O lançamento da pré-candidatura de Leprevost será no final de março. Em 2016, o parlamentar disputou o segundo turno da eleição municipal na Capital, fazendo cerca de 40% dos votos válidos.

Adiado
A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa adiou para a próxima terça-feira, a votação de proposta que pretende conceder o título de Cidadão Honorário do Paraná para o empresário catarinense Luciano Hang, dono da rede de lojas de departamentos Havan. A reunião de ontem foi adiada em razão da antecipação da sessão do plenário da Casa para o período da manhã. A sessão foi antecipada para liberar os deputados a irem para o Show Rural, em Cascavel (região Oeste).

Requisitos
Autor da proposta, o deputado Cobra Repórter (PSD) afirma que o objetivo é reconhecer a disposição de Hang em investir no Paraná, gerando empregos e estimulando o desenvolvimento estadual. O deputado Tadeu Veneri (PT), líder da bancada do PT apresentou voto em separado, afirmando que a homenagem não cumpre as normas estabelecidas em lei estadual. Veneri alega que entre as exigências da lei para a concessão de títulos de cidadania honorária estão a comprovação de reputação ilibada e conduta profissionais e pessoal irrepreensíveis, contribuição do homenageado com as ciências, letras, artes ou cultura em geral e realização de atividades filantrópicas. Para o líder oposicionista, Hang não contribuiu com as ciências, letras, artes ou cultura e nem exerce qualquer ação filantrópica.

Quadro Negro
O Tribunal de Contas do Estado (TCE/PR) auditoria para investigar irregularidades nos pagamentos por obras do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) em Medianeira (região Oeste). O caso é um dos investigados na operação Quadro Negro, do Ministério Público estadual, que apura suspeita de desvios em obras de escolas. Segundo a decisão, o engenheiro responsável pela fiscalização da obra, Evandro Machado; o diretor de Engenharia, Projetos e Orçamentos da Superintendência de Desenvolvimento Educacional (Sude) da Secretaria Estadual da Educação à época dos fatos, Maurício Fanini Antônio; o superintendente da Sude e gestor do contrato, Jaime Sunye Neto; a empresa Elos Engenharia; e o representante da construtora, Alessandro Rodineli Borsati, foram condenados à devolução solidária de R$ 739.371,65, referentes a pagamentos adiantados pela execução das edificações. Além disso, cada uma das quatro pessoas condenadas pela devolução recebeu, na medida de suas responsabilidades, a multa de 30% sobre o montante a ser restituído.

Prejuízo
Segundo o TCE, a Elos Engenharia foi contratada em 2013 para executar obras no colégio pelo valor máximo de R$ 6.839.968,07. Embora as medições que justificaram os pagamentos pelos serviços indicassem o valor de R$ 6.060.705,32, dos quais R$ 3.453.115,26 foram efetivamente pagos, apenas R$ 2.341.002,49 corresponderam a parcelas executadas da obra, o que, de acordo com o tribunal, resultou no pagamento irregular de R$ 1.112.112,77. Desse montante pago irregularmente, R$ 739.371,65 foram empenhados e pagos com recursos estaduais, sem correlação com a proporção da execução dos serviços. A equipe do TCE-PR verificou que no processo de pagamento foram utilizados artifícios fraudulentos para certificar condição que não correspondia ao real andamento da obra, gerando prejuízos de R$ 739.371,65.