A previsão inicial era que a Arena Pantanal tivesse a capacidade diminuída após a realização da Copa do Mundo, mas o governo do Mato Grosso já decidiu que isso não vai ocorrer. A intenção é manter o estádio do jeito que ele foi construído para o Mundial e usá-lo com a quantidade total de público. “Definitivamente ela ficará desse jeito. Não faz sentido tirarmos lugares de uma arena que ficou tão aconchegante e charmosa”, revelou o governador Silval Barbosa.

A capacidade total de público é de 44.230 torcedores. Na Copa, terá um pouco menos que isso, por causa da conversão de assentos em locais de trabalho para a imprensa. Assim, ficará com 41.390 lugares no Mundial. Pelo projeto original, a ideia era desmontar as arquibancadas que estão atrás dos dois gols, para diminuir a capacidade de público para 27 mil pessoas. “O projeto prevê a desmontagem, mas a decisão de fazer isso vai caber ao governo ou ao operador. Na verdade, ele foi pensado das duas maneiras. Se ficar, vai ter uma expressão de caldeirão, desde que tenha público”, lembrou o arquiteto Sérgio Coelho, autor do projeto.

Segundo Maurício Guimarães, secretário extraordinário da Secopa-MT, o impacto no custo de manutenção do estádio com a permanência da capacidade plena é muito pequeno. “Ainda não fechamos completamente o custo de manutenção, mas acredito que vai ficar em torno de R$ 250 mil por mês. Se tirássemos as arquibancadas atrás dos gols, esse custo diminuiria apenas 15%. Então, não faz sentido tirar. O estádio ficou bonito assim, aquele pedaço faz parte de um contexto mais amplo”, disse.

Claro que essa opção vai fazer com que se aumentem as críticas de que a Arena Pantanal vai virar um “elefante branco” após a Copa, pois encher mais de 40 mil lugares é mais complicado que 27 mil. Mas os envolvidos com o Mundial no Mato Grosso apostam no sucesso da empreitada. “O futebol do Mato Grosso não paga esse prédio, mas não tenho dúvidas que ele se paga do ponto de vista do empreendimento”, afirmou Guimarães.

O governador vai além e arrisca até apostar no crescimento do futebol local. “Queremos que o Mato Grosso chegue à elite do futebol brasileiro em breve. O Luverdense já está na Série B do Campeonato Brasileiro e queremos mais. Além disso, esse estádio tem espaço para tudo, desde eventos até festas. É uma área de 190 mil metros quadrados, sem contar o entorno, que tem um tamanho ainda maior”, lembrou Silval.