Paquistã — Milhares de civis paquistaneses fugiram ontem das localidades de Makan, Qamber e Rahimabad, no Vale do Swat, depois que o governo alertou para o perigo de novos combates entre insurgentes taleban e militares do Exército paquistanês, apoiados por paramilitares da etnia pashtun. “Foi pedido aos moradores que deixassem essas áreas, consideradas um reduto da insurgência taleban”, disse Zahid Bunairi, porta-voz do governo da província de Fronteira Noroeste, que inclui o Vale do Swat.

Rebelião
Geórgia — O governo da Geórgia informou ontem que centenas de soldados se renderam depois de um breve motim em uma base militar próxima à capital, Tbilisi. A intenção seria atrapalhar as manobras militares da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) previstos para começar amanhã na Geórgia. Inicialmente, as autoridades georgianas acusaram a Rússia de apoiar a rebelião e o Ministério do Interior chegou a informar que o plano era derrubar o presidente Mikhail Saakashvili.

Mentira
Estados Unidos — O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou ontem que Israel mentiu sobre ataques a escolas e outras instalações da ONU durante sua ofensiva militar recente na Faixa de Gaza e exigiu uma compensação. Um dos ataques matou mais de 40 pessoas. Ban disse que uma investigação da ONU provou que armas israelenses – algumas delas contendo fósforo branco – foram a “causa indiscutível” dos ataques a várias escolas, uma clínica médica e a sede da entidade mundial em Gaza.

Protesto
Afeganistão — Moradores do distrito de Bala Boluk, no oeste do Afeganistão, levaram ontem, a bordo de caminhões, os 30 corpos de civis – a maioria mulheres e crianças – à administração da província de Farah para protestar contra o que eles dizem ter sido um massacre de civis causado pelos Estados Unidos. O governador da província, Rohul Amin, confirmou ter visto 30 corpos, mas a cifra total de mortos no bombardeio varia de 70 a 150. Os EUA prometeram investigar o incidente e apresentaram condolência às famílias.

Visita
Irã — O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, desembarcou ontem na Síria, principal aliada do Irã, um dia depois de cancelar a visita que faria ao Brasil a partir de amanhã. Ao lado de seu colega sírio, Bashar Assad, o iraniano garantiu que a “aliança estratégica” Damasco-Teerã teve “vitórias” sobre “as grandes potências que querem dominar” o Oriente Médio. O Brasil ficou de fora do discurso de Ahmadinejad.