NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Os trabalhadores da Marinha Mercante ameaçam realizar uma greve contra a possibilidade de venda da Transpetro, subsidiária da Petrobras para a área de transportes. Segundo o Sindicato Nacional dos Oficiais de Marinha Mercante (Sindmar), a proposta será analisada em assembleia na próxima quarta-feira (4).
O sindicato indica a realização da greve, com início no dia 10 de maio, alegando que a eventual venda da Transpetro colocaria em risco até 2,2 mil postos de trabalho para marítimos no país. A subsidiária tem uma frota de 56 navios e é responsável pela operação da malha brasileira de dutos e dos terminais de petróleo e combustíveis da Petrobras.
Oficialmente, a Transpetro ainda não foi incluída no plano de venda de ativos da Petrobras, mas o diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro, disse em janeiro que estaria avaliando possibilidades de negócio com a empresa.
Trabalhadores e a empresa já chegaram a um acordo com relação ao reajuste salarial, que prevê aumento de 9,93%. A greve, portanto, seria “política”, disse o Sindmar, por meio de sua assessoria de imprensa.
Em comunicado para os marítimos, o Sindmar estabelece as regras para a greve, que chama de progressiva, com a adoção de novos procedimentos a cada três dias. Entre os procedimentos, estão a restrição das vazões de carga e descarga dos navios, a redução da velocidade dos navios e a suspensão de operações em período noturno.
A Transpetro ainda não comentou o assunto.