A senadora Gleisi Hoffmann (PT) citou uma reportagem de ontem do Bem Paraná sobre o crescimento do consumo de produtos e serviços relativos a cuidados com a beleza para minimizar os efeitos da crise econômica do País em reunião de ontem da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Segundo ela, o fato de produtos de beleza serem considerados como um setor supérfluo indicaria que a crise não é tão grave assim como pinta a oposição ao governo Dilma Rousseff.
Dose
O senador Tasso Jereissati (PSDB/CE) ironizou as alegações da petista, e questionou o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, presente na audiência. Jereissati disse ao ministro que não imaginava como estava o mercado de beleza e que Barbosa transmitisse o quadro para o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Gleisi rebateu Jereissati afirmando que o ajuste fiscal tem sido feito na dose certa.
Apocalípticos
Na Assembleia Legislativa, o líder da bancada do governo Beto Richa, deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), também procurou ontem combater o que chamou de discursos apocalípticos da oposição à administração tucana. Eu não sei se o melhor está por vir, mas o pior já passou. O mais difícil que era cortar despesa e aumentar receita para que o governo pudesse colocar suas contas em dia, alegou o peemedebista.
Estadista
Depois de dizer que o governador tomou medidas de estadista, mesmo sabendo que a popularidade dele ia desabar, Romanelli afirmou que os outros estados estão entrando em crise, o nosso não. Segundo o líder governista, o primeiro semestre foi duro, dificílimo, mas teremos um segundo semestre muito melhor.
Reação
O governador Beto Richa também aproveitou o anúncio da abertura de novas linhas de crédito para obras nos municípios e apoio a pequenas empresas, ontem, para fazer um discurso alinhado com seu líder no Legislativo. Vários estados estão com dificuldades de honrar até mesmo a folha de servidores. No Paraná, temos uma situação diferenciada com uma boa reação das finanças, recomposição do caixa do estado, disse Richa.
Amargo
O governador agradeceu o apoio dos deputados na aprovação das medidas que classificou de amargas e impopulares. Enfrentamos as dificuldades ao anunciar as medidas de ajuste fiscal, recompondo alíquotas de impostos, reduzindo gastos e despesas do governo e tivemos o entendimento e compreensão dos deputados, disse.
Protegidos
Na véspera do início do recesso, o presidente da Assembleia, deputado Ademar Traiano (PSDB), também fez uma avaliação positiva do período, apesar dos conflitos com os servidores, que culminaram no confronto entre policiais e manifestantes no dia 29 de abril, no Centro Cívico, durante a votação das mudanças na aposentadoria do funcionalismo, e resultaram em mais de 200 feridos. Os fatos externos que ocorreram não são de responsabilidade da Assembleia. Estávamos protegidos pela legislação, alegou.
