O diretor da Compañia Teatro Cinema, Juan Carlos Zagal, falou aos jornalistas em coletiva realizada hoje sobre o desafio de mesclar as técnicas de teatro e cinema na montagem Sin Sangre, que estreia neste sábado, dia 28, em Curitiba.

Para Zagal, “a mistura de técnicas permite provocar também novas leituras”, que somam forças ao espetáculo e não ultrapassam, segundo ele, a emoção do ator em cena. “Nos interessa nesse espetáculo a ação do ator, tanto quanto o que se escuta e o que se vê em projeção. É como se o público olhasse por um caleidoscópio, um túnel do tempo, onde 60 anos de história desses personagens se passam de forma instantânea, direta, como no cinema”, explica o diretor.

Sin Sangre aborda questões humanas numa história de vingança, superação e a busca pelos últimos vestígios de amor. “Uma tragédia que revela o que esta oculto em todo ser humano”, analisa Juan Carlos.

O espetáculo já esteve no México, em Paris, na China e, depois de Curitiba segue para São Paulo. Questionado sobre a escolha de um texto cujo autor, Alessandro Barico, é italiano, Juan Carlos Zagal avisa que não é nacionalista e explica: “Fazemos teatro para o mundo, de acordo com o que achamos pertinente. E trabalhar com essa tragédia da violência humana é trabalhar com um tema inerente ao ser humano, por isso universal.”

O espetáculo Sin Sangre estará em cartaz nos dias 28 e 29, sábado e domingo, no teatro da reitoria, sempre ás 21 horas.  Os ingressos custam 40 e 20 reais.