Uma dor na panturrilha que costuma aparecer enquanto a pessoa está caminhando e desaparecer quando ela para. Chamado claudicação intermitente, esse sintoma é muito comum em quem tem problemas de circulação arterial nas pernas que – nos casos mais graves – podem levar à amputação dos membros inferiores. Aproximadamente 5% dos indivíduos, em especial na faixa etária dos 55 a 60 anos de idade, têm claudicação intermitente. O assunto está em pauta na Campanha Nacional de Divulgação da Angiologia e da Cirurgia Vascular, que ocorre até setembro.

A claudicação intermitente é consequência da diminuição da circulação do sangue nas pernas, provocada na maioria dos casos pela arteriosclerose – espessamento e endurecimento da parede arterial. “Controlar a obesidade é uma das maneiras de evitar esse problema”, observa José Luís Camarinha do Nascimento Silva, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). Além da obesidade, outros fatores de risco estão associados à enfermidade, como hipertensão arterial, tabagismo, altos níveis de colesterol e triglicérides, diabetes mellitus, sedentarismo, estresse e histórico familiar.

 Dor nem sempre é levada a sério –  Indicativa de doenças vasculares, a claudicação intermitente pode ser confundida por leigos com outros problemas, como uma lesão muscular. “Muitas vezes a pessoa com o sintoma evita procurar um médico, esperando a dor passar, ou se aconselha com profissionais que não estão aptos a fazer um diagnóstico preciso”, explica o secretário geral da SBACV, Sergio Leal de Meirelles. Por essa razão, a SBACV está promovendo uma campanha – ancorada pela veiculação de outdoors em todos os estados – com objetivo de esclarecer à população que o angiologista e o cirurgião vascular são os profissionais de fato habilitados para diagnosticar e tratar males circulatórios, tais como claudicação intermitente, aneurisma, varizes e entupimento das carótidas (artérias que levam o sangue ao cérebro).

Os casos mais leves de claudicação intermitente são tratados com medicamentos chamados vaso-dilatadores, que dilatam os vasos permitindo aumento do fluxo de sangue e oxigênio. Uma caminhada feita com regularidade, sob orientação de um angiologista ou cirurgião vascular, também pode ser recomendada. Num estágio mais avançado – no qual a pessoa sente dores mesmo durante o descanso – o tratamento pode ser endovascular ou cirúrgico. Entretanto, melhor do que remediar é evitar o aparecimento do problema. O presidente da SBACV, José Luís, apontou alguns hábitos positivos para prevenir a claudicação:

– Fazer exercícios regularmente.

– controlar a obesidade.

– controlar os níveis de colesterol e triglecerídeos.

– controlar a diabetes.

– controlar a pressão alta.

Sobre a campanha nacional:

Aneurisma de aorta abdominal, varizes, claudicação intermitente, entupimento das carótidas. Estes problemas acometem a saúde de uma grande parcela da população brasileira que, devido à falta de informação, negligencia a prevenção. Com o objetivo de esclarecer sobre a importância de cuidados com essas doenças nas veias e artérias, e da busca de orientação do angiologista, a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular promove uma campanha nacional até setembro.

Anote:

A Campanha Nacional de Divulgação da Angiologia e da Cirurgia Vascular acontece até setembro.

Mais informações: www.sbacv.com.br