A Secretaria Estadual de Segurança Pública prendeu os acusados de cometer a chacina das vilas Icaraí/União, bairro Uberaba, na noite do último sábado. O caso é considerado solucionado pela polícia.  


Seis pessoas estão presas e foram apresentadas às 11 horas de hoje na Delegacia de Homicídios, no Centro de Curitiba. Dois dos acusados foram presos no começo da semana, e outros quatro na madrugada de hoje.


Entre os presos está Wagner Jayson Pascoal, conhecido como “Nardão”, 23 anos, apontado como líder do bando e mentor da chacina.


Uma pistola Jericó calibre 9 milímetros de fabricação israelense, usada no crime, foi apreendida na ação.


“Nardão” e Ezequiel dos Santos, 18, foram presos na Cidade Industrial de Curitiba. Já Edi Miranda, 21, e Gilmar dos Santos Bandeira, 25, no Cajuru, divisa com a cidade de Pinhais. Com eles estava a pistola usada na chacina e também uma carabina calibre 12, que não teria sido usada no crime. Os quatro moravam no bairro Uberaba.


Duas pessoas, identificadas pelos nomes de Maikon e Isaias, também são acusadas de participação no crime e são procuradas pela polícia.


Outros dois integrantes do grupo já haviam sido presos pela força-tarefa. Na segunda-feira (05), foi preso Adenilton Bueno, 31, que teve sua participação descartada pela polícia. Na noite de terça-feira (06), foi preso Roger Fernando Bispo, 20, que pode ter participado da chacina. Os dois foram autuados por formação de quadrilha. A polícia ainda investiga a participação deles em outros homicídios.


O secretário Luiz Fernando Delazari classificou os acusados como “um bando de moleques”, usuários de drogas ou envolvidos com o tráfico da região. “Não eram organizados. Não tinham carro, local para se esconder nem sequer dinheiro para comprar créditos para celulares para se comunicarem após o crime”, falou o secretário em entrevista ao telejornal ParanáTV.


A chacina é atribuída à vingança pelo assassinato do sobrinho de um dos membros da facção, ocorrido dias antes. As vítimas mortas na divisa entre os bairros União e Icaraí pertenciam à mesma comunidade dos acusados do primeiro crime.


Delazari negou ainda que tenha havido toque de recolher no dia da chacina, apesar de várias declarações enm contrário dadas por moradores da região.  


Um total de oito pessoas, incluindo um bebê de cinco meses e a mãe dele, foram mortas a tiros simplesmente por estarem na rua, por volta das 22h30 de sábado (03). Nenhuma das vítimas tinha passagem pela polícia.


Atualizada às 13h47