O mapa mostra que nem todas as propriedades têm caráter produtivo. A distinção será feita pela Prefeitura na hora de propor os benefícios. “Serão beneficiadas apenas quem de fato usa a terra para produzir”, explica Ortigara.

As propriedades produzem basicamente hortaliças e lavouras de milho, feijão e mandioca. No caso das hortas, a produção é quase toda comercializada no mercado local, diretamente na propriedade, e alguns colocam produtos na Central de Abastecimento (CEASA). O mesmo não acontece com os grãos, que são usados basicamente para consumo das famílias.

A área de pastagem chama a atenção. São 293,39 hectares distribuídos em 134 propriedades. O rebanho contado pelos técnicos soma 2.246 animais, entre caprinos, gado de leite e de corte, equinos e ovinos. Segundo o secretário Norberto Ortigara, a primeira providência em relação ao rebanho é a vacinação.

Outro aspecto que chama a atenção é a quantidade de área verde presente nas propriedades. Dos 1.616,93 hectares, 515 hectares são ocupados por mata.

O coordenador do mapeamento das propriedades rurais, Edson Rivelino, destaca que uma das vantagens da agricultura urbana em grandes cidades é garantir a permeabilidade do solo. “Essas áreas contribuem de várias formas com as cidades, e evitar a impermeabilização do solo é uma delas”, diz Rivelino.