O técnico Paulo César Carpegiani pediu demissão do Atlético neste domingo, por volta das 13 horas. O clube publicou comunicado no site oficial. “O treinador aceitou uma proposta irrecusável do São Paulo e já assume o clube paulista na segunda-feira à tarde. Até o presente momento, o presidente do CAP, Marcos Malucelli, não recebeu nenhum contato por parte da diretoria do São Paulo. Quem assumirá a equipe será o assistente técnico Leandro Niehues, até a contratação de um novo treinador”, diz a nota do Atlético.

Carpegiani chegou ao Atlético em junho, para substituir Niehues, que comandava o time desde a demissão de Antonio Lopes, durante o Campeonato Paranaense. Carpegiani estreou com vitória sobre o Botafogo, por 3 a 2. No último sábado, seu último jogo, empatou por 0 a 0 com o Cruzeiro. No total, o técnico comandou o time em 22 partidas, com 11 vitórias, cinco empates e seis derrotas – aproveitamento de 57% dos pontos disputados.

Segundo a rádio CBN, o São Paulo ofereceu salário de R$ 300 mil mensais a Carpegiani.

Na sexta-feira, quando surgiram informações na imprensa paulista que o São Paulo tentava contratar Carpegiani, o diretor de futebol do Atlético, Ocimar Bolicenho, explicou que o técnico seria obrigado a pagar uma multa rescisória caso decidisse deixar o clube paranaense. O valor não foi divulgado.

Em entrevista para o site Furacao.com, Carpegiani contou que pagará a rescisão. “Eu tenho uma multa com o clube e vou pagar essa multa. Enfim, segue a vida”, disse. “Foi feito tudo com a melhor clareza. O lado profissional acabou pesando e prevalecendo”, declarou.

O treinador elogiou o time. “Não tenho a menor dúvida que estará brigando por um G3”, comentou. “Acho que não falta nada. É prosseguir, dar sequência e isso vai dar esse aprimoramento para a equipe”, argumentou. “Um agradecimento todo especial à direção porque afinal de contar me deu a oportunidade. Peguei um time desacreditado e superamos tudo isso. O grupo de jogadores realmente é espetacular. O fruto desse trabalho que meu deu a oportunidade de trabalhar no centro do país”, concluiu.