Um dos assuntos mais discutidos, ontem, em Curitiba foi mais um acidente grave envolvendo um ônibus de transporte coletivo da Capital. Desta vez um ônibus da linha Fernão Dias se chocou com um outro ônibus de empresa de fretamento. O acidente aconteceu bem cedo  na avenida Toaldo Túlio, uma das principais de Santa Felicidade.

Nove pessoas ficaram feridas, uma com gravidade. Todos os feridos estavam no ônibus da Fernão Dias. Segundo testemunhas, o ônibus particular cruzou o sinal vermelho e atingiu o coletivo com força na lateral. Uma mulher teve fraturas expostas e fo levada para o hospital.

A dicussão na cidade é sobre os recorrentes acidentes mais graves que envolvem os ônibus em Curitiba. Desde o ano passado, são cada vez mais ocorrências sérias envolvendo os veículos desta natureza. Como a do ligeirinho que invadiu uma loja na região da Praça Tiradentes, em junho do ano passado, e que provocou duas mortes.

Neste ano, um ligeirinho e um biarticulado bateram no Centro de Curitiba, deixando 40 pessoas feridas. Neste acidnete, um dos veículos também furou o sinal vermelho. Três dias depois, um novo acidente desta vez nas imediações do prédio histórico da Universiade Federal do Paraná, quando um carro bateu no biarticulado Santa Cândida-Pinheirinho.

Estatísticas — Uma prova de que os acidentes envolvendo os ônibus do transporte público estariam ficando mais sérios está nas estatísticas. Em 2009, conforme dados do anuário do Departamento de Trânsito do Paraná (Deran-PR), os ônibus estiveram em 571 ocorrências que envolveram víitmas na Capital. Isso representou quase 10% do total de acidentes com vítimas nas ruas de Curitiba naquele ano.

O número se torna grande quando se tabula a frota da Capital. Os ônibus e micro-ônibus representam apenas 1% da frota de veículos curitibana. São cerca de 10 mil veículos do tipo. Proporcionalmente, os ônibus se envolvem em mais acidentes que resultam em feridos ou mortos que os carros de passeio, que somam quase 900 mil unidades nas ruas curitibanas.

As responsabilidade é apenas jogada de lado a lado. O sindicatos dos motoristas reclama da pressão que os profissionais sofrem das empresas para cumprir o horário. A Prefeitura diz que o problema é o excesso de veículos na Capital.