A ação de Wellington Menezes de Oliveira, foi premeditada. É o que mostra uma carta encontrada com o corpo do atirador. De acordo com o porta-voz da PM do Rio, tenente-coronel Ibis Pereira, o documento é confuso e foi recolhido para ser usado como prova nas investigações. Ele deixou uma carta assinada como Wellington Menezes de Oliveira, sem nenhum sentido, que mostra que entrou determinado a fazer um massacre, uma chacina”, afirmou Pereira.

O suspeito invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira durante o horário de aula fingindo ser um palestrante. Eram por volta das 8 horas. Wellington foi direto para a secretaria, onde falou com a professora de artes, por quem foi reconhecido, por ter sido aluno da escola. Ele disse que iria fazer uma palestra para os estudantes, já que o colégio está completando 40 anos e vinha chamando ex-alunos para falar sobre suas experiências durante o período escolar. Wellington estudou por quatro anos na escola.

A professora atendia uma pessoa na hora e pediu que ele aguardasse um pouco para, em seguida, falar com ele. Wellington não esperou e foi logo para o primeiro andar, onde os alunos já estavam em sala de aula. O atirador estava munido com dois revólveres, que carregava numa mochila, e começou a atirar nos estudantes, indiscriminadamente. Os disparos foram feitos sempre na parte da cabeça e do tórax, praticamente à queima-roupa.

Em seguida, ele subiu a escada para o segundo andar, onde invadiu outra sala de aula e voltou a atirar nos estudantes. Nesse momento, um dos alunos, ferido sem gravidade, consegue escapar e aciona o sargento da Polícia Militar, Márcio Alves, lotado no Batalhão de Polícia Rodoviária da corporação, que apoiava uma operação contra o transporte irregular do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro).

Na escadaria de acesso ao terceiro pavimento, o sargento Alves se deparou com Wellington, a quem deu voz de prisão. Ele disparou contra o militar e no revide acabou ferido na perna. Em seguida, apontou a arma para sua própria cabeça e se suicidou. De acordo com a Polícia Civil, Wellington premeditou o crime. Ele tinha seis carregadores de tambor de revólver, o que facilita municiar a arma. Usava inclusive uma luva na mão direita para dar firmeza ao empunhar o revólver. (AB)

 

A carta encontrada com o corpo do atirador