O prazo para apresentar emendas do orçamento do governo de 2012 encerra nesta sexta-feira (11). Cada um dos 54 parlamentares da Assembleia Legislativa do Paraná possui o direito de encaminhar R$ 2 milhões em emendas individuais. As verbas serão destinadas para diversos municípios do estado, após aprovação do governo do estado.

Pedidos
A maioria das prefeituras procura direcionar os pedidos para a área da saúde( como ambulâncias, ônibus e aparelhos hospitalares, construção de unidades hospitalares), da educação (laboratório de informática, computadores) e  da segurança (módulos policiais, equipamentos de segurança e veículos).

Febre
A grande novidade é na área do bem estar. O interior do estado entrou na onda da malhação. As prefeituras perceberam que é melhor prevenir do que remediar. Em alguns gabinetes, os pedidos de academia ao ar livre chegam a mais de 50. Uma solução para tirar as pessoas do sedentarismo. Evitar doenças e diminuir o gasto com saúde pública, um dos principais problemas enfrentados pelos municípios paranaenses.

Dor
Para atender aos pedidos, muitos assessores passaram à tarde com a orelha grudada no telefone em ligações para o interior do estado e região próximo a Curitiba. No final do dia, alguns dos funcionários dos deputados aparentavam rouquidão de tanto gastar a voz. Outros reclamavam de dor de cabeça.  

DIAS TURBULENTOS
 
OS FATOS
O ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a externar preocupação com o cenário global, após a derrocada da Itália, cujos títulos públicos só puderam ser colocados no mercado a juros elevados – mesmo depois do anúncio de saída do atual primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Na esteira dessas preocupações, também na quinta-feira as bolsas asiáticas e européias abriram com forte baixa: A Grécia pôde ser socorrida, mas o resgate de uma economia do tamanho da italiana seria impensável.
 
ANALISE
Guido Mantega lamenta a situação a que seu país natal foi arrastado. Ele debita a derrocada à lentidão de resposta dos líderes europeus, especialmente a inação do Banco Central Europeu – em condições de dar apoio antes do agravamento da crise, se tivesse atuado decisivamente na compra de títulos do Tesouro de Roma; como fizeram os EUA acionando o FED para adquirir bônus do tesouro americano.
A essa crítica adicionamos a feita pela presidente Dilma durante reunião em Washington: faltou coordenação. Por ex. o FMI poderia lançar mão de sua moeda virtual, os Direitos Especiais de Saque; monetizar sua reserva em ouro, etc; evitando o colapso da economia mundial…. por uma década.
 
DIAS NA BERLINDA

 
OS FATOS
Mais um ministro do governo federal entrou na semana pulando em corda bamba: o Sr. Carlos Lupi, do Trabalho, afetado por denuncias contra assessores seus. Também dirigente nacional, licenciado, do PDT, Lupi se mantinha no cargo até esta quinta, dia em que enfrenta uma sabatina na Câmara dos Deputados. Com os rumores de sua saída, a Pasta poderia ir para o PMDB, com o PDT recebendo em troca o Ministério da Agricultura; com o nome do paranaense Osmar Dias voltando a circular como ministeriável.
 
ANALISE
Lupi – de origem e formação humildes no Rio – conseguiu herdar o partido fundado por Leonel Brizola com parcelas do antigo trabalhismo de Vargas e se alçar ao Ministério do Trabalho ainda no Governo Lula, sendo mantido pela nova presidente Dilma. Com uma visão política ancorada no passado, ele pouco atuou no essencial: qualificar o trabalhador brasileiro para um mundo competitivo e desafiador. Quando agiu, foi através de convênios com ONGs suspeitas, incorrendo no mesmo erro que derrubou o ministro Orlando Silva dos Esportes.
 
3. AGENDA VAZIA
 
OS FATOS
O PSDB juntou lideranças nacionais, governadores e experts para discutir uma atualização de sua agenda política, durante evento na segunda-feira realizado no Rio de Janeiro. Para dinamizar o partido, o ex-presidente FHC sugeriu um lema parecido com o slogan que levou Obama à presidência dos Estados Unidos (Sim, nós podemos), adaptado para Sim, nós nos preocupamos – alusão à crise que vai corroer o bem-estar das pessoas. Nos bastidores, a competição entre José Serra e Aécio Neves pelo podium da futura campanha presidencial.
 
ANALISE
A imprensa atribuiu pouca importância à rodada tucana, mas ela se justifica pela necessidade de balizar rumos – sobretudo diante das incertezas do cenário global. Como o PSDB é um partido misto, reunindo políticos e intelectuais, o debate se ampliou: enquanto Serra lia um texto de críticas ao governo petista, Aécio propunha uma agenda com alternativas. Já economistas e outros teóricos destilaram utopias e demasias, com destaque para o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, que deseja cortar pela metade o número de ministérios. Nesta altura economizar é preciso!.
 
FALTOU MARKETING
 

OS FATOS
No Paraná, ampla maioria dos deputados da Assembleia Legislativa aprovou proposta do Executivo para atualização das taxas do serviço de trânsito administradas pela DETRAN. Após idas e vindas em que a Oposição protestou e até o governador admitiu erro de digitação na definição das alíquotas, a imprensa se posicionou de forma crítica, com manchetes como Às cegas, deputados estaduais aprovam tarifaço do DETRAN e, Tarifaço do DETRAN chega a até 271%.
 
ANALISE
Na realidade faltou uma boa operação de marketing institucional para expor o assunto à opinião pública antes da sua remessa ao Legislativo, porque na média o aumento nas taxas será de 28,06%. Mesmo assim, salgado em tempos de cinto apertado… De resto, o fato de 42 parlamentares votarem a favor, e apenas 8 contra, confirma a hegemonia que os governantes regionais – em qualquer latitude de nossa História – exercem sobre representantes eleitos pelo sistema proporcional aberto; tese de doutorado de Fernando Abruccio, quando chamou os governadores de Barões da Federação.
 
CRISE EM GESTAÇÃO
 
OS FATOS
Mais incômoda é a situação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, com o imbróglio da Universidade de S. Paulo. A controversa gestão do atual reitor daquela instituição, João Grandino Rodas, resultou na ocupação do prédio da Reitoria por um grupo de estudantes mais radicalizados. Após negociações infrutíferas, a polícia usou a tropa de choque que, além de desocupar o imóvel, prendeu 72 estudantes – levados a uma delegacia onde só foram liberados após pagamento de fiança, bancada por sindicatos.
 
ANALISE
O episódio desencadeou greves setoriais do corpo acadêmico, adesão de professores e funcionários e um clima de desassossego que pode derivar para contestações à ordem estabelecida – repetindo o Chile. O governo paulista, o reitor Rodas e parte da imprensa, não compreenderam que os estudantes – após anos de imobilidade – acharam um tema para ação, que deixa para trás o motivo inicial (reação à presença da PM no campus); a refletir um certo espírito do tempo que lembra o tenentismo da Primeira República: O lema da Bandeira é ‘Ordem e Progresso’, mas ‘O progresso é obra dos dissidentes’. 
 
 NO PR, SÓ UMA
 
OS FATOS
Na relação de obras com indícios de irregularidades graves, que anualmente o Tribunal de Contas da União envia ao Congresso, só figura uma em realização no Paraná: o Contorno Rodoviário de Maringá, no Norte do Estado, tecnicamente BR-376. Embora até aqui 49% do projeto já tenha sido executado, a recomendação do TCU pela paralisação se deve a suspeitas de irregularidades no contrato – o que é contestado pelo DNIT, órgão responsável pela atividade.
 
ANALISE
O critério de suspensão de obras foi refinado para evitar paralisações mais prejudiciais ao patrimônio público do que sua continuidade (com apuração final de responsabilidades). Assim, a parada na pavimentação da Estrada Boiadeira, ligando a região de Campo Mourão ao Mato Grosso do Sul, resultou na perda das obras de terraplenagem já executadas em área de arenito sujeita a forte erosão. Agora, a recomendação deve ser endossada por um ministro da Corte antes de chegar ao Congresso – que ainda decide se suspende a obra ou apenas pressiona pelo saneamento de irregularidades. Mesmo nessa lista a presença do Paraná é modesta: o Estado recebe pouco investimento federal em infra-estrutura. (fonte e apoio da API)

Sobe
A luta de Rafael de Lala, Presidente da API e pela Coordenação da Frente Suprapartidária do Paraná pela Democracia e Grupo Integrado de Ações Federativas do Paraná que demonstra a importância da integração da sociedade civil

Desce

Ao povo só cabe lamentar os aumentos de taxas e impostos na esfera estadual e federal, mas o que mais entristece é que não existe retorno e nenhum esforço estatal para que isso mude principalmente a falta de cobrança da população dia 15/11 tem mais protesto.