Os servidores públicos municipais da área da saúde de Curitiba podem parar por tempo indeterminado a partir do dia 5 de dezembro, caso a Prefeitura não estenda o benefício da jornada de 30 horas semanais para todos os trabalhadores da área. Ontem, servidores e Prefeitura se reuniram para tratar do tema. Mas a oferta do poder público ainda não atende às exigências dos servidores, com isso, em assembleia realizada na noite de ontem, foi dado um prazo até 1º de dezembro para que a Prefeitura apresente uma proposta aos servidores. Se isso não ocorrer, eles param as atividades no dia 5.

Na semana passada a Prefeitura encaminhou um projeto para a Câmara de Vereadores de mudança da jornada na saúde de 40 para 30 horas, mas atendendo apenas cinco categorias. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), quer que todos os demais trabalhadores sejam beneficiados. Pelo projeto da Prefeitura, 1,2 mil trabalhadores continuam com a carga semanal de 40 horas.

A reunião de ontem contou com uma comissão de trabalhadores e as secretárias da Educação, Eliane Chomatas, e de Recursos Humanos, Maria do Carmo. Segundo o Sismuc, a secretária da Saúde teria dito que as categorias beneficiadas são as que trabalham nas unidades de saúde com atendimento direto da demanda espontânea, urgência e emergência, portanto, seriam as categorias que sofrem maior pressão.
Mas o Sismuc alega que todas as categorias sofrem as mesmas pressões nas unidades básicas e de emergência. Não vamos mexer no projeto atual. Mas nós queremos um encaminhamento para que os ‘excluídos’ tenham o direito garantido também, diz Marcela Alves Bomfim, presidente do Sismuc.

Durante a reunião eles ainda pontuaram os riscos da profissão aos quais eles também estão expostos. Dentre eles as agressões a servidores, os riscos químicos e biológicos, o atendimento realizado pela equipe de saúde, que inclui desde o agente administrativo até farmacêutico.
A proposta da secretária de Recursos Humanos, Maria do Carmo, é debater primeiro a revisão dos pisos salariais, o que deve seguir até fevereiro do ano que vem. Após aprovado estes projetos e com uma nova previsão orçamentária, seria retomado o debate sobre as 30 horas, o que ocorrerá a partir de 2 de fevereiro, segundo ela.