O cão de quatro meses que passou mais de 12 horas enterrado em Novo Horizonte (399 km de SP) começa a dar sinais de melhora, mas seu estado ainda é considerado grave. Ontem (9) à tarde ele voltou a comer e hoje pela manhã se alimentou novamente. Ele também tem tomado água de coco.
 
Segundo Marco Antônio Rodrigues, presidente da AssociaçãoMão Amiga, hoje o animal apresentou redução do inchaço dos olhos e conseguiu abrí-los cerca de 30%. A veterinária Viviane Cristina da Silva, tatambém teria colocado o cãozinho no colo e o aproximou de outro cachorro para sentir a reação dele. O cachorrinho respondeu com um leve rosnado. Ontem, a infecção de pele do filhote piorou.

Viviane afirma que o problema já existia antes de ele ter sido enterrado e, como não foi tratado, piorou. Há riscos de que a infecção se agrave.
 
A veterinária disse que submeteu o cão a novos exames nesta sexta, que apontaram que, além da infecção, ele está com anemia acentuada e hipoglicemia.
 
O filhote teve uma úlcera de córnea no olho direito e a equipe não tem esperanças de que ele volte a enxergar desse olho.
 

Na terça-feira (6), a Associação Mão Amiga recebeu uma denúncia de maus-tratos e o vice-presidente da entidade, Alexandre Rodrigues, saiu para apurar. Não encontrou nada, mas voltou na manhã seguinte à casa do suspeito.
 
Ele percebeu uma porção de terra remexida, resolveu entrar, e acabou desenterrando o filhote ainda vivo.
 O cachorrinho estava quase sem pelos, desnutrido, e com ferimentos nos olhos.

Na clínica, os funcionários começaram a chamar o vira-lata de Titã.

De acordo com Marco Antônio Rodrigues, presidente da associação, o grupo registrou um termo circunstanciado na polícia, que vai investigar o caso e convocar o antigo dono do animal a prestar depoimento.