A reforma de sete casas do Parque Estadual Pico do Marumbi, na Serra do Mar, vai beneficiar turistas, pesquisadores e a equipe de montanhistas voluntários que presta serviços de prevenção de acidentes, resgates de turistas acidentados e manutenção e conservação das trilhas. A obra, em parceria entre o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano, começou em outubro e deve ficar pronta para as férias de julho.

As casas, cedidas pela América Latina Logística ao IAP e usadas por funcionários do instituto e pelos voluntários, estavam em péssimas condições. Em dias de temporal todo o material tinha de ser transferido para evitar que fosse molhado. Na última chuva forte contamos 179 goteiras em uma das casas, contou o gerente do parque, Lothário Horst.

Além de falhas na estrutura do telhado, as construções apresentavam problemas no encanamento e no piso. O telhado foi totalmente substituído, o forro ganhou uma camada de isolante térmico, para evitar a umidade da serra, e o piso foi trocado, detalhou Horst.

O Parque Estadual do Marumbi, no município de Morretes, protege o ecossistema da Floresta Atlântica e belezas naturais e foi considerado patrimônio da humanidade e reserva da biosfera pela Unesco. Na área de 8.745 hectares está o monte Olimpo, com 1.539 metros de altitude, que recebe cerca de 300 visitantes por fim de semana e 8 mil turistas por ano.

A beleza do local fez do Marumbi um dos principais atrativos turísticos no Carnaval, por exemplo. Este ano, resolvemos fugir do tumulto da praia e ficar em paz, respirando ar puro, disse a vendedora Daniele Lemos. Ela está grávida de seis meses e acampou durante uma semana no parque, com o marido e a filha, de 7 anos. O sacrifício da caminhada para chegar até o camping é compensado pelas belas paisagens e pela tranquilidade, comentou Daniele, que mora em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.

Antes de entrar no parque, o visitante deve fornecer nome completo, telefones para emergência e roteiro durante a permanência no local. Este cadastro é essencial para que o IAP possa não só controlar o número de visitantes, mas também trabalhar pela segurança tanto na área de camping quanto em possíveis operações de salvamento, explicou Horst. As operações de busca por turistas têm auxílio do Cosmo (Corpo de Socorro em Montanha – grupo de montanhistas voluntários que se dedica à preservação da área e segurança dos visitantes)

No parque não é permitido acampar no topo dos morros, retirar plantas e animais silvestres do seu habitat natural e fazer fogueiras. Há uma área de camping para quem procura desfrutar o lazer com o mínimo de impacto ambiental, comenta Horst.

Ao deixar o Parque do Marumbi, o visitante deve levar os resíduos embora. Todo o lixo gerado durante a estada deve ser guardado em uma sacola e retornar com o visitante. Esta consciência sempre deve existir entre quem procura reservas naturais, lembrou Horst.

A principal forma de acesso é por trem, que sai diariamente, às 8h15, da Rodoferroviária de Curitiba. Após duas horas de viagem, chega até a sede do Parque Estadual do Marumbi, no município de Morretes.

O visitante também pode ir de ônibus, saindo de Curitiba até a rodoviária de Morretes, onde um ônibus municipal vai até o vilarejo de Porto de Cima. Quem vai de carro de passeio deve seguir pela BR-116 e entrar na Estrada da Graciosa, seguindo até o vilarejo de Porto de Cima. Os oito quilômetros restantes até a Estação do Marumbi, devem ser percorridos a pé, de bicicleta ou de carro com tração 4×4.