Num jogo eletrizante, com golaços, gols perdidos e gols anulados dos dois lados, o Coritiba ficou no empate em 2 a 2 com o Operário, na tarde deste domingo (15) em Ponta Grossa. A partida, válida pela 9ª rodada do returno do Campeonato Paranaense, apimentou a reta final da competição.

Com o empate, o Coritiba foi a 22 pontos. Ainda mantém a liderança, mas a vantagem sobre os oponentes, que era de pelo menos quatro pontos, caiu para dois. O Atlético derrotou o Arapongas por 2 a 1, na Vila Capanema, e foi a 20 pontos. Londrina e Operário, ambos com 17, têm chances matemáticas.

Na próxima rodada, Coritiba e Atlético se enfrentam, no Couto Pereira. Se o time do técnico Marcelo Oliveira vencer, conquista o returno. Se empatar, segue líder e empurra a decisão para a última rodada — pega o Roma, fora, e o rival recebe o Paranavaí. Se perder, vê o Atlético tomar a liderança. Caso o Furacão leve o returno, sagra-se campeão estadual por antecipação. 

Jogo
Marcelo Oliveira apostou em dois laterais mais ofensivos – Jackson, escalado de última hora, e Eltinho, que vinha jogando nas partidas mais recentes – e colocou Júnior Urso no lugar do lesionado Willian. No mais, o time estava no mesmo 4-2-3-1 de sempre, mas com Tcheco de volante e Gil mais avançado. No começo, parecia tudo certo. Os laterais avançavam bem e um deles, Eltinho, iniciou a jogada do primeiro gol, logo a 6 minutos. Ele bateu a gol, o goleiro deu rebote e Roberto mandou para dentro. Nos minutos seguintes, o Coritiba perdeu mais três boas chances de gol. Mas, aos 16, a defesa falhou e Baiano, de bicicleta, empatou. Em seguida, o time perdeu Gil, que, machucado, deu lugar a Artur.

Nos 10 minutos seguintes, houve dois lances polêmicos. Em um deles, aos 18, o árbitro anulou um gol de Eltinho, marcando impedimento de Roberto (autor do passe). Em outro, aos 26, ele deu pênalti de Júnior Urso em Baiano. O próprio Baiano converteu. Os coxas-brancas reclamaram do lance, mas o próprio Júnior Urso deixou transparecer imprudência na jogada. Aquele lance ali, que houve pênalti, foi ombro a ombro. Mas, na velocidade, como o árbitro estava encoberto, dava a impressão de pênalti, falou.

Pagamos caro pelas nossas desatenções, lamentou o técnico Marcelo Oliveira, ao intervalo do jogo, logo após confirmar a troca do volante Artur pelo meia Everton Ribeiro. (Quando Artur entrou) Estávamos ganhando um volante para soltar o Tcheco. O menino entrou bem. Agora, resolvemos puxar o Tcheco para trás e colocar o Everton para fazer a armação do time.

No segundo tempo, as propostas de ambos era clara. O Operário, mais fechado, esperava a chance de um contragolpe fatal. O Coritiba pressionava, em busca do gol de empate – mas levou nove minutos para dar o primeiro chute a gol.

Aos 14 minutos, Marcelo Oliveira se viu forçado a uma nova substituição. Jackson lesionou o joelho direito e teve que sair. Sem opções para colocar na lateral, o treinador colocou o centroavante Marcel, recuou Rafinha para a lateral-direita e deixou o time no 4-4-2. Mas o que parecia um mau sinal ajudou o Coritiba a chegar ao empate. Aos 15 minutos, Marcel ajeitou uma bola na meia-lua e Everton Ribeiro acertou um belo chute de fora da área. A bola foi no ângulo esquerdo do goleiro.

Nos 15 minutos seguintes, o Coritiba bombardeou o Operário. Mandou duas bolas com perigo para fora, viu o goleiro Felipe fazer quatro defesas (três delas, cara a cara com os coxas-brancas) e ainda viu o lateral George salvar uma bola em cima da risca. A partir dos 30 minutos, foi a vez do time da casa perder chances. Ceará errou um gol feito, com o goleiro já batido, e Vanderlei salvou um gol cara a cara. Além disso, o Operário reclamou de um gol de Baiano, anulado pelo árbitro. Entre gols feitos e perdidos, o jogo terminou mesmo 2 a 2.

 

OPERÁRIO 2 x 2 CORITIBA

OPERÁRIO

Felipe; Correia, Renato Saldanha, Neguete e George; Patrick, William Fabro (Lenno), Maicon e Ceará; Marcelinho (Rogério Souza) e Baiano. Técnico: Lio Evaristo

CORITIBA

Vanderlei; Jackson (Marcel), Demerson, Emerson e Eltinho; Júnior Urso, Gil (Artur, depois Everton Ribeiro), Rafinha, Tcheco e Roberto; Anderson Aquino. Técnico: Marcelo Oliveira

Gols: Roberto (6-1º), Baiano (16 e 28-1º), Everton Ribeiro (15-2º)

Cartões amarelos: Gil, Baiano, Tcheco

Árbitro: Ronaldo Parpinelli

Renda: R$ 91.785

Público: 5.817 (pagante), 6.015 (total)

Local: Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, domingo