Em 2010, 5,2 milhões de turistas estrangeiros entraram no país – um patamar considerado baixo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando comparado a outros países como a França (76,8 milhões), os Estados Unidos (59,7 milhões), a China (55,7 milhões) e a Espanha (52,7 milhões).

Os dados fazem parte da Pesquisa de Serviços de Hospedagem 2011, divulgada nessa quarta-feira (25) pelo IBGE.O estudo anterior foi publicado em 28 de fevereiro e se restringia aos municípios das capitais. O levantamento desta quarta-feira inclui também as regiões metropolitanas das capitais e as regiões integradas de desenvolvimento (Rides).

A expectativa, segundo o instituto, no entanto, é que haja aumento significativo no ingresso de turistas estrangeiros com os grandes eventos internacionais programados para ocorrer no país – como a Copa das Confederações (em 2013), a Copa do Mundo (em 2014) e os Jogos Olímpicos de 2016.O IBGE alerta, porém, que esse crescimento esperado da demanda turística vai exigir, em contrapartida, uma infraestrutura compatível, principalmente no que diz respeito ao transporte (aéreo, rodoviário intermunicipal, interestadual e internacional), aos serviços de excursões, de hospedagem e alimentação.

Na avaliação do órgão, os serviços de hospedagem encontram-se no último elo da cadeia dos serviços turísticos, mas se configuram como um dos mais importantes, pois representam a base da permanência temporária do turista que, de uma forma geral, busca encontrar a extensão de sua residência [ao viajar].Nesse ponto, especificamente, a Pesquisa de Serviço de Hospedagem 2011 constata um dado preocupante: apenas 12,6% dos estabelecimentos existentes em 2011, no país, eram considerados de luxo ou superior, com elevados padrões de conforto. Em contrapartida, 87,4% dos estabelecimentos tinham, em 2011, médio e baixo conforto/qualidade dos serviços, sendo 27,4% considerados turístico/médio conforto, 38,3% econômicos e 21,7% simples.

Os apart-hotéis e flats concentram, segundo o IBGE, maior proporção de categorias luxo e superior/muito confortável (41,5%), seguido pelos hotéis (19,8%), estes com a maior proporção de estabelecimentos na categoria luxo (5,8%).A região metropolitana de São Paulo registra o maior número de estabelecimentos de luxo e superior/muito confortável (174), mas a do Rio de Janeiro a maior concentração: 18,2% dos estabelecimentos nessa categoria.Além disso, os estabelecimentos de hospedagem localizados nas regiões metropolitanas das capitais e nas regiões integradas de desenvolvimento integrado (Ride) do país são constituídos predominante por hotéis (hotéis históricos, resorts e hotéis-fazenda), que respondem por 46,9% do total dos estabelecimentos.

O levantamento do IBGE indica que, em seguida, estão os estabelecimentos classificados como motéis, com 24,8%; e pousadas (20%).
Já a distribuição dos tipos de estabelecimento evidencia a região integrada de desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno como a de maior proporção de hotéis, com 57,5%. Em seguida estão as regiões metropolitanas de Curitiba, com 55,9%; São paulo, com 54,6% e Rio de Janeiro, com 52,5%.

Por outro lado, os estabelecimentos de hospedagem das regiões metropolitanas das capitais e regiões integradas de desenvolvimento registram uma média de 44 unidades por estabelecimentos. Neste conjunto, destaca-se a região metropolitana do Rio de Janeiro, com a média de 63 unidades por estabelecimento; seguido de São Paulo, com com 52; e Curitiba, com 45.