Mais uma vez a Bovespa se descolou do mercado acionário internacional, e encerrou a sexta-feira (27) em queda. A Vale, que na quinta-feira (26) ajudou a Bolsa a fechar no azul, desta vez fez o papel contrário. Petrobras e siderúrgicas também pesaram, o que impediu a Bolsa de acompanhar o mercado externo. Além disso, o fato de hoje ser sexta-feira, véspera de fim de semana, de fim de mês e de feriado, fez com que os investidores adotassem maior cautela, preferindo embolsar parte dos lucros recentes, diante do cenário de incertezas internacionais.

O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira em queda de 0,81%, aos 61,691,21 pontos. Com isso, a Bolsa fechou a semana com declínio de 1,28% e ampliou a desvalorização no mês para 4,37%. Se for confirmado esse desempenho em abril, o que provavelmente acontecerá, a Bolsa registrará o segundo mês consecutivo de perdas. No ano, o Ibovespa ainda apura ganho, de 8,70%.

O giro financeiro foi o mais fraco da semana, totalizando R$ 5,772 bilhões hoje. Os dados são preliminares. “A proximidade do feriado do Dia do Trabalho, na terça-feira, e de uma segunda-feira que deve ser fraca em termos de volumes de negócios, parece ter feito o mercado ficar na defensiva”, resumiu o analista de investimentos da Leme João Pedro Brugger.

Ele avalia que o mercado passa por um ajuste após a alta de 0,72% no pregão de quinta-feira, puxada principalmente pelo ganho da Vale. A mineradora apurou lucro líquido de US$ 3,827 bilhões no período, pelo padrão USGAAP. O resultado representou uma queda de 43,9% em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

Na sessão desta sexta, o papel ON da mineradora caiu 0,65%, e o PNA recuou 0,67%. Também na contramão dos metais no mercado internacional, Gerdau PN perdeu 1,11%, Gerdau Metalúrgica recuou 1,45% e Usiminas PNA, caiu 1,17%.