Os tumultos no Pré-Carnaval de Curitiba, no dia 05 de fevereiro, no Largo da Ordem, podem ficar sem solução devido ao silêncio. Diversas pessoas que estavam na festa denunciaram à imprensa atos abusivos por parte dos policiais militares, mas até agora praticamente ninguém prestou queixa oficialmente.

O incidente deixou dezenas de pessoas feridas, inclusive adolescentes e crianças, após a intervenção da polícia. A confusão começou logo após o término do desfile do bloco pré-carnavalesco Garibaldis e Sacis. Após uma confusão num bar, os policiais chegaram disparando balas de borracha, bombas de efeito moral e de gás lacrimogênio e gás de pimenta para todos os lados, afirmaram testemunhas à imprensa na época.

O comandante geral da Polícia Militar, Roberson Bondaruck, acusa a falta de depoimentos de populares como a causa para a impossibilidade de se apresentar um resultado preciso sobre quem se excedeu e o que de fato houve na abordagem policial. Até aqui, apenas duas pessoas se apresentaram, mas com depoimentos que não são suficientes, segundo o comandante.

Bondaruck ainda afirmou que não há como avançar na investigação sem novos depoimentos. É de interesse da PM buscar e apresentar resultados desse trabalho. É isso que entendemos como polícia comunitária, polícia e comunidade agindo juntas, interagindo não apenas por um policiamento melhor, mas para que se elimine esse tipo de caso, completou.   

As pessoas que estiveram presentes no tumulto do Largo da Ordem devem comparecer na sede da Corregedoria da PM-PR, no Quartel central, localizado na Av. Getulio Vargas, esquina com a Av. Marechal Floriano Peixoto.