Concessões feitas a partidos aliados podem levar o PT a lançar em 2012 o menor número de candidaturas próprias nas capitais desde que a sigla assumiu a Presidência, em 2003. Para acomodar as legendas que integram a base do governo federal, os petistas cogitam abrir mão de cabeças de chapa em até 10 das 26 cidades. Em 2004, isso só ocorreu em três municípios.

A estratégia de ceder espaço nas eleições é citada pela cúpula do PT como uma forma de acalmar as siglas que formam sua coalizão em Brasília ou facilitar alianças em outras cidades estratégicas, mas causa irritação a políticos do partido.

Petistas que pretendiam disputar as eleições nas capitais afirmam que as movimentações da direção nacional contribuem para enfraquecer o PT em sua base. Para eles, os benefícios dessas alianças são frágeis e o partido ficará refém de outras siglas.

O PSB já recebeu o apoio do PT em Belo Horizonte e discute acordos em Macapá e Boa Vista. O PDT terá os petistas em seu palanque em Curitiba e negocia em Maceió e Manaus. O PMDB recebeu apoio à reeleição de Eduardo Paes no Rio. O PT também pode se unir ao PTB em Teresina.