Líbano — O presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal bloco opositor do país, Burhan Ghalioun, renunciou ontem, apenas dois dias após ter sido reeleito. Eu não vou me permitir ser o candidato da divisão. Eu não estou fixado à oposição, então anuncio que renunciarei assim que um novo candidato for escolhido, seja por consenso ou por meio de novas eleições, disse o acadêmico, em Paris, por meio de um comunicado. Ghalioun, que tem presidido o Conselho Nacional desde sua fundação em outubro de 2011, foi reeleito como líder do grupo numa eleição realizada em Roma na terça-feira. Ele disse que vai permanecer como membro do CNS de mãos dadas com os jovens que lutam, com os jovens da revolução pela dignidade e liberdade, até a vitória, ao mesmo tempo em que pede a todos os grupos opositores que superem suas divergências. O anúncio de Ghalioun foi feito pouco depois de os Comitês de Coordenação Locais (CCL), uma rede de ativistas que opera dentro e fora da Síria, ter ameaçado deixar o CNS por causa da monopolização do poder.

Homens-bomba
Afeganistão — Um grupo de homens-bomba vestindo coletes carregados de explosivos e portando armas automáticas e granadas atacou um complexo do governo afegão no oeste do país ontem, deixando sete mortos e 12 feridos, informaram autoridades locais. Um deles explodiu a si mesmo na entrada do complexo, na província de Farah, abrindo caminho para outros três invadirem o local. Os invasores foram mortos numa troca de tiros com a segurança local, segundo o porta-voz regional da polícia, Raouf Ahmadi. Morreram também seis policiais e um civil no confronto. Instalações do governo são um alvo comum de militantes no Afeganistão. Ainda nesta última madrugada, quatro pessoas morreram num ataque do grupo fundamentalista Taleban a um comboio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na província de Herat.

Plano de ataque
Israel — Os Estados Unidos têm um plano pronto para, se necessário, atacar o Irã e evitar que o país se torne uma potência nuclear, afirmou o embaixador norte-americano em Israel, Dan Shapiro. Ele disse, durante evento na Ordem dos Advogados de Israel, que os EUA esperam que a diplomacia e sanções econômicas convençam o Irã a abandonar seu programa nuclear. Teerã alega que o programa tem fins pacíficos, mas os EUA e outros países acreditam que os iranianos tenham a ambição de desenvolver um arsenal nuclear. Shapiro disse também que os EUA preferem não ter de recorrer à força militar, mas isso não significa que a opção não esteja disponível. Não apenas disponível, mas pronta. O planejamento necessário foi feito para garantir que (o plano) esteja pronto, afirmou o diplomata.

Provisório
Grécia — O governo provisório da Grécia foi empossado ontem para liderar o país até as eleições de junho, após um pleito inconclusivo no último dia 6 não permitir que as lideranças partidárias selassem um acordo para a formação de um governo de coalizão no Parlamento. Enquanto isso as pesquisas de intenção de voto indicam que aumentou o apoio ao partido Coalizão de Esquerda radical (Syriza), que defende a suspensão das medidas de austeridade acertadas com os credores. As pesquisas também mostram que cresceu o apoio partido Nova Democracia, de centro-direita, mas o cenário permanece incerto. As eleições deverão ocorrer em 17 de junho. O gabinete de 16 membros tomou posse em cerimônia no palácio presidencial, em Atenas.

Pacto
França — O novo ministro das Finanças da França, Pierre Moscovici, disse que o governo pressionará para renegociar o pacto fiscal de disciplina orçamentária da União Europeia. O tratado não será ratificado, como está, e precisa ser completado com um anexo sobre o crescimento, Moscovici disse em entrevista ao canal de notícias local BFM TV. Moscovici deu as declarações logo após a primeira reunião de gabinete do ministério formado pelo primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault, por sua vez nomeado pelo presidente François Hollande.