Os preços dos carros seminovos apresentaram uma queda entre 10% e 15% de janeiro a maio deste ano. Segundo as informações da Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado do Paraná (Assovepar), um modelo Gol, geração 5, 2011, básico, que custava em janeiro R$ 25 mil nas revendas, hoje é vendido em média por R$ 22 mil. A desvalorização que houve no período de janeiro a maio é explica pela queda nas vendas do setor.
Apesar dos números, o presidente da Assovepar, Silvan Dal Bello, afirma que o cenário se mostra favorável para o setor de seminovos. É esperado um aumento nas vendas com o estímulo ao consumo e também com o aumento na oferta de créditos bancários para o financiamento de usados.
A política do governo Federal de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aliada a queda na taxa de juros e a diminuição no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) cobrado sobre os financiamentos, são vistos como fatores que devem beneficiar o setor automotivo, estimulando a concretização do desejo do consumidor pela compra carros novos, em contrapartida, o setor de veículos seminovos e usados também passa a se beneficiar.

As dificuldades sentidas pelo setor de seminovos com a escassez na liberação de crédito bancário não devem se repetir. No início da última semana, o governo também solicitou, durante reunião com bancos públicos e privados, para concederem mais crédito ao setor de carros usados, com melhores taxas e condições de financiamento, para que haja mais giro no estoque das lojas.
Dal Bello está otimista com o novo cenário que se apresenta. Temos agora um excelente cenário para a compra de veículos, com boas taxas, mais crédito disponível, mais facilidade de aprovação e carros seminovos com preços reduzidos. Essas condições devem favorecer o nosso setor, observa.
Ao contrário do que se pensa, os seminovos não são prejudicados com a redução do IPI para novos. Com o mercado aquecido, o cliente vai às compras e começa a comparar as vantagens de optar por um novo ou seminovo. Logo, poderá perceber que há uma margem grande de diferença ao optar pelo seminovo, que apresenta excelente condição de uso e já sofreu a depreciação natural, que logo ao sair da concessionária passa a valer em média 13% a menos, ressalta o presidente da Assovepar.