Perito confirma conteúdo de seu laudo e diz que nunca viu corpo ser apresentado como foi o de Marcos, morto por Elize
O médico-legista Jorge Pereira de Oliveira, de 64 anos, disse nesta sexta-feira, 15, que nem sabia que era do executivo da Yoki Marcos Kitano Matsunaga, de 42 anos, o corpo sobre o qual fez o laudo que provocou uma reviravolta no crime cometido por Elize Araújo Kitano Matsunaga, de 30 anos, ocorrido no dia 19 de maio.

Tranquilo, ele reafirmou que Matsunaga foi decapitado ainda vivo e o tiro foi disparado próximo do corpo, diferentemente do que diz Elize, que teria matado o marido enquanto discutiam em pé. Ela diz também que só esquartejou o corpo dez horas depois.

O legista, no entanto, afirma que o laudo, por si só, não pode definir a sequência dos ferimentos.Oliveira se formou em 1974 pela Faculdade de Medicina do ABC e trabalha desde 1976 no Instituto Médico-Legal (IML). Atende no posto de Cotia há 18 anos. Mesmo experiente, disse que nunca viu um corpo da forma como a que ficou o do executivo.

Ele estava vivo quando foi decapitado?
No laudo necroscópico, a gente descreve o que vê. Ou seja, é o real. Neste caso específico, recebemos parte do corpo, então algumas observações foram feitas sem alguns segmentos. Nesta análise, ele apresentou vias aéreas preenchidas com sangue, e isso só ocorre com movimento ativo do aparelho respiratório. Ele estava respirando.