Não foi só o PSD que se dividiu na hora de decidir quem apoiar para a prefeitura de Curitiba nas eleições deste ano. Em praticamente todos os grandes partidos e alianças, haverá defecções e dissidências na disputa pela sucessão na Capital. Entre os mais divididos está o PMDB, onde muitas lideranças de expressão já deixaram claro que não vão participar da campanha do candidato oficial da legenda, o ex-prefeito Rafael Greca. Uma delas é o ex-governador Orlando Pessuti, que no sábado participou da convenção do PSC e declarou publicamente seu apoio a Ratinho Júnior.
Pessuti – que rompeu relações com o senador e presidente do PMDB de Curitiba, Roberto Requião desde as eleições de 2010 – não escondeu o motivo de sua escolha. Não sou contra a candidatura do Rafael Greca, sou contra apoiar o candidato do Requião, alegou.

Requião anunciou ontem, pelo twitter, a intenção de pedir a expulsão de seu ex-vice, por infidelidade partidária. O problema é que se quiser mesmo expulsar todos os dissidentes, o senador terá trabalho. A maioria da bancada do PMDB na Assembleia Legislativa, incluindo o ex-líder do governo Requião na Casa e atual secretário de Estado do Trabalho, Luiz Cláudio Romanelli, e os deputados estaduais Alexandre Curi, Reinhold Stephanes Júnior e Cleiton Kielse já declararam publicamente que não farão campanha para Greca, e vão pedir votos para a reeleição do atual prefeito. O grupo inclui, aliás, o secretário-geral do PMDB de Curitiba e assessor de Requião no Senado, Doático Santos, que inclusive esteve na convenção que oficializou a coligação de Ducci.

Outros como o ex-deputado federal Marcelo Almeida e o ex-deputado estadual Renato Adur, por exemplo, não só ignoram a opção do PMDB por Greca, como integram a coordenação da campanha de Ratinho Júnior. E há ainda os peemedebistas que não escondem sua preferência pela candidatura de Gustavo Fruet (PDT). (IS)