Toda eleição surgem figuras bizarras que fazem a alegria do povo no monótono horário eleitoral. Ano passado tivemos Tiririca em São Paulo e André Barros, o advogado da Marcha da Maconha, no Rio de Janeiro (ver vídeo acima, lançado neste ano).

E para as eleições municipais de 2012, Curitiba terá o seu André Barros. O candidato Índio, do PSL, tenta garantir o apoio da juventude prometendo lutar pela descriminalização da maconha.

Em sua página na rede social Facebook, Índio faz apologia ao 4:20, considerado o horário mundial para se fumar maconha e que, segundo ele, virou moda entre os jovens, o que não significa que eles sejam usuários. 

Direito de Resposta:

O candidato Índio do Partido Social Liberal, por meio de sua assessoria de imprensa, vem exercer seu direito de resposta sobre a matéria veiculada no site do Bem Paraná em 16 de Julho de 2012.

Boa tarde, Prezados. Venho por meio deste esclarecer um equivoco sobre a matéria divulgada no site do Bem Paraná. Recebemos uma ligação da produção do blog da jornalista Joice Hasselmann ontem a tarde nos questionando a respeito da relação do meu número de campanha com o 4:20. Informo que apoio sim à descriminalização da Cannabis Sativa, popularmente conhecida como Maconha, visto que as drogas devem ser tratadas como um assunto de saúde pública.

Nossos atuais políticos tratam o próprio usuário como um criminoso e não como um doente que precisa de tratamento médico, deixando de focar as prisões nos os grandes traficantes. Se eleito vereador nada poderei fazer em relação à liberação ou não do uso da Maconha, visto que a competência para tanto é exclusiva da União, porém, acredito que o debate é a porta de entrada para uma discussão mais séria sobre o assunto. Agora, em nenhum momento da conversa telefônica com o então blog mencionei que aposto na Maconha para vencer as eleições, sendo que nem usuário desta sou. Colocar em debate o meu número de campanha até ai tudo bem, mas relacioná-la tão somente a descriminalização das drogas já é sensacionalismo demais, não tirem conclusões precipitadas de um telefonema de aproximadamente 5 minutos.

A meu ver se a mídia especializada realmente quisesse saber mais a respeito da indicação do 4:20 em meu número de campanha deveria enviar a minha assessoria uma nota solicitando esclarecimentos, mas simplesmente achou mais fácil tirar sua próprias conclusões de uma conversa telefônica. Assim, relacionou minha candidatura  tão somente ao uso da maconha. Obviamente que nenhuma pessoa quer um familiar envolvido com o mundo das drogas, mas tenho plena certeza que também não quer vê-lo dividir uma cela em uma das delegacias superlotadas da cidade, sendo obrigado a relacionar-se com os verdadeiros criminosos.

Fico feliz que estou na mídia pela indicação do número 4:20 atrelado ao meu número de campanha. Isto fortalece a ideia do debate e mostra que minha estratégia de marketing está funcionando. Porém, como não tive a real oportunidade de esclarecer a respeito, sinto-me prejudicado, pois minha imagem foi atrelada a de um irresponsável que trata o assunto das drogas com desprezo e desinformação. Sendo assim, gostaria de uma real chance de me esclarecer com o eleitorado, demonstrando a este que minha campanha não é somente voltada a descriminalização da Maconha.