Mario Celso Petraglia voltou à presidência do Atlético, no início do ano, como o salvador da pátria. Decepcionada após a gestão de Malucelli, a torcida esperava que Petraglia repetisse o trabalho anterior no Furacão, que culminou com o título brasileiro e o vice da Libertadores.

A temporada, porém, não tem sido o que a torcida espera. Na Série B, o clube está a seis pontos do G4, em nono lugar. No Paranaense, o título novamente ficou com o Coritiba. E nesta sexta-feira (10), Petraglia resolveu quebrar o silêncio com a imprensa e concedeu uma entrevista coletiva, no Radisson Hotel, em Curitiba, e comentou a situação do clube na Série B, os bastidores e o andamento das obras na Arena da Baixada.

Série B

A falta de uma casa teria sido primordial para a campanha, até aqui abaixo do esperado, do Furacão na Sèrie B. “Perdemos dez pontos que não estavam no planejamento por não termos um estádio”, disse Petraglia.

O presidente, porém, exaltou os avanços conquistados na área de marketing.  “Faturaram (gestão anterior) em patrocínio, em três anos, R$ 10 milhões. Já temos para faturar, nesses meses de trabalho, R$ 9 milhões”. E celebrou a parceria com a Caixa Econômica Federal. Difícil um clube de Primeira Divisão jogar na Segunda. Mesmo assim, mantivemos o respeito do mercado”.

Jogos em Curitiba

Mandando suas partidas em Paranaguá, o Atlético já tentou acertar com o Coritiba o empréstimo do Couto Pereira e com o Paraná a Vila Capanema. Em ambos os casos, porém, as negociações não avançaram por causa dos altos valores.

A possibilidade, então, seria utilizar a Vila Olímpia, que pertence ao Paraná. Segundo Petraglia, um grupo examinou o local.Poderíamos rapidamente adaptar o estádio. Só que novamente parou nos valores”.

Arena da Baixada

Sobre a Arena, o mandante afirmou que até junho de 2013 elas estarão 100% completadas. “Não posso dizer mês a mês qual será o avanço percentual, mas em junho estará 100%”

Segundo ele, as obras estavam atrasadas pois o estádio corria risco de cair.

Com a reforma, a Arena terá a sua capacidade aumentada para 45 mil lugares e contará com um teto retrátil, revelou Petraglia.

Novo Treinador

Cogitado para voltar ao comando do Atlético-PR, o uruguaio Juan Ramón Carrasco não irá retornar ao Furacão nesta temporada, garantiu o presidente Mario Celso Petraglia.

“O Carrasco me mandou um recado de que está disposto a voltar, que reconhece que errou, mas não há a menor possibilidade”, afirmou Petraglia durante entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira.

Carrasco chegou ao Atlético no início do ano, sendo vice-campeão paranaense (perdeu o título nos pênaltis para o Coritiba) e caindo nas quartas-de-final da Copa do Brasil, sendo eliminado pelo Palmeiras, que viria a ser campeão da competição. Após início irregular na Série B, foi demitido.

O uruguaio, porém, deixou saudades na torcida. Enquete promovida pela Furacao.com apontou Carrasco como o nome preferido dos torcedores para ser o novo técnico do clube, com 45% dos votos. Emerson Leão ficou em segundo, com 27%. Falcão, Cerezo e Alberto tiveram menos de 10% cada.

Petraglia comentou a possibilidade de Drubscky ser efetivado. “Não diria que sim ou não. O futuro a Deus pertence. Há um grupo de trabalho para analisar os nomes disponíveis”. Segundo o presidente, o clube já recebeu 130 ofertas de nomes diferentes. Alguns estão empregados e outros muito caros. Estamos estudando”.

Morro Garcia

Contratado em 2011 como grande esperança do Atlético-PR após ótimas temporadas pelo Nacional-URU,Santiago Garcia segue afastado do grupo principal do Furacão, e treina com a equipe sub-23. Para comprar o jogador, o clube paranaense desembolsou US$ 5 milhões, aproximadamente R$ 7,7 milhões, sendo o uruguaio a contratação mais cara da historia do futebol paranaense.

Segundo Petraglia, Morro, que fez apenas dois jogos nesta temporada, é o maior problema da história do Atlético. Assim como nós buscamos soluções para todos jogadores e problemas que surgem, esse é o maior problema da nossa história”. O presidente revelou, ainda, que o atacante deve se transferir para o exterior. O jogador não se sente seguro de tentar uma recuperação no próprio CAP. Existe alternativas de transferir esse jogador para Europa”.