Desde antes de a Olimpíada começar, Zé Roberto batia na tecla: os EUA eram o melhor time de vôlei do mundo. Encontrar com o rival na final exigia atenção redobrada. Por isso, quando a equipe ergueu a cabeça após a derrota no primeiro set (25 a 12), todas sabiam exatamente o que fazer. “Todos os times que jogaram contra elas não colocaram pressão. Tínhamos de fazê-las jogar atrás no placar”, afirmou a líbero Fabi.
Saindo na frente no marcador e impondo um saque difícil de ser recebido, as brasileiras desarmaram as rivais. Venceram os outros três sets. Com o triunfo por 3 sets a 1, conseguiram o ouro, no sábado. O time brasileiro não conseguia derrotar a mais forte adversária havia um ano.
“A realidade era essa. Elas realmente estavam na nossa frente, mas e aí? Já vi muitos times melhores tecnicamente não vencerem”, disse Fabi.
Curiosamente, o Brasil dependeu dos EUA na fase de grupos. Se as norte-americanas tivessem perdido a última partida, contra a Turquia, a seleção brasileira iria à quadra contra a Sérvia já eliminada.