O candidato da coligação Curitiba Criativa, Ratinho Junior (PSC), convocou nesta terça-feira (18) a imprensa para denunciar um novo panfleto apócrifo que foi distribuído pela cidade na madrugada de terça-feira. O material é assinado pela Coligação Curitiba Sempre na Frente, do prefeito Luciano Ducci (PSB), que negou a autoria do material e encaminhou pedido de investigação à Polícia Federal. Segundo a coligação de Ratinho, uma pessoa não identificada que denunciou o panfleto teria apontado como responsável a coligação Curitiba Quer Mais, de Gustavo Fruet (PDT), que também nega a acusação.

Não quero ser irresponsável em acusar alguém. Quero que o TRE e a Polícia Federal tomem providências. A população precisa saber quem são essas pessoas, que fazem esse tipo de política, disse o candidato do PSC. A assessoria jurídica da campanha de Ratinho apresentou a denúncia ao Tribunal Regional Eleitoral e à Polícia Federal. Na representação as coligações de Ducci e Fruet são citadas.

No material, intitulado Chega de mentiras, o povo quer a verdade está escrito na capa que Luciano Ducci trará a tona o que eles não querem mostrar. Em todo o seu conteúdo, diversas acusações são feitas ao candidato do PSC. Entre elas, a de que o candidato do PSC é investigado pela Polícia Federal na Operação Gafanhoto, que apura a contratação de funcionários fantasmas e desvio de salários de servidores da Assembleia Legislativa, e a de que o apresentador Carlos Massa, o Ratinho – pai do candidato – teria o envolvimento com uma quadrilha de roubo de veículos.

Em uma das páginas foi impressa uma foto de Ratinho Junior algemado dizendo que ele teria sido preso em Balneário Camboriú (SC) por embriaguez. Na entrevista coletiva, Ratinho Junior apresentou uma foto de arquivo pessoal em que mostra que a imagem é uma montagem. Esse panfleto é uma montagem safada e sórdida. Lamento essa atitude baixa. Estamos denunciando isso para mostrar à população o que vem acontecendo nos bastidores de campanha. Não há nada de verdade nesse panfleto, declarou o deputado.

Ratinho Junior ainda denunciou que ao longo da campanha tem sofrido diversos ataques. Segundo ele 200 placas suas são destruídas por dia, muros estão sendo pichados com  xingamentos e circulam palavras de baixo escalão também na internet. Sabemos que pessoas estão sendo contratadas somente para fazer esse tipo de serviço, afirmou.

Apesar de reafirmar não querer responsabilizar nenhum candidato, Ratinho levou à imprensa um exemplar do Jornal Impacto, que segundo ele, seria patrocinado pela prefeitura e contém uma matéria igual a uma das impressas no panfleto. De acordo com o coordenador jurídico da campanha, Guilherme Gonçalves, no início da noite de segunda-feira, o comitê recebeu uma denúncia de que panfletos apócrifos estariam sendo rodados em uma gráfica localizada no Boqueirão. Como isso foi depois das 20h e o TRE não estava mais em horário de atendimento uma equipe nossa foi ao endereço da gráfica e flagrou alguns carros saindo de lá com os panfletos, disse o advogado. Ainda segundo ele, três testemunhas que viram a ação estão no processo, além da pessoa que fez a denúncia.

Nesta ação cerca de 5 a 6 mil panfletos teriam sido interceptados pela campanha de Ratinho. Outros já teriam sido distribuídos pela cidade. No material, consta a informação de que 1 milhão de exemplares foram impressos.

Segundo o candidato, ainda neste final de semana outro panfleto – desta vez sem assinatura – teria sido distribuído durante o jogo do Coritiba tentando destruir a imagem de Ratinho com os torcedores do time. Não vamos responder a esse tipo de ataque. Não vou fazer campanha no nível deles. Essa é uma atitude desesperada. Desafio quem fez esse panfleto a fazer um debate franco e aberto e não através de panfletos impressos na calada da noite, disse Ratinho Junior.