Com a chegada de dias mais quentes os pets começam a sofrer com os vilões do calor: a infestação de pulgas e de carrapatos. A alta umidade unida ao calor são fatores que facilitam essa proliferação, assim como o fato de, nessa época, os donos levarem com mais frequência os animais para passear, aumentando o risco de infecção por esses parasitas. 
 
Os sintomas mais visíveis são a coceira intensa, lesões na pele e falha na pelagem. De acordo com a médica veterinária Kelly Cristina Cruz Choque, especialista em dermatologia do Hospital Veterinário Batel, além do incômodo, esse tipo de parasita também pode transmitir doenças para os animais e para o homem. Quando o problema está relacionado ao carrapato é preciso mais cuidado, pois o parasita pode transmitir aos cães a erliquiose e a babesiose, também conhecidas como doenças de carrapato. Essas patologias são graves e podem levar o animal à morte. Nesse caso o ideal é procurar um veterinário para avaliar o problema, recomenda. 
 
Já no caso das pulgas o maior problema é o animal sofrer com dermatite alérgica,  que pode proporcionar uma hipersensibilidade, aumentando os níveis de coceira e de stress. Em algumas situações, a irritação é tão intensa que o pet deixa de comer, fica agressivo e deprimido, explica a veterinária.
 
Para evitar o problema é necessário ficar atento ao ambiente a que o animal tem acesso. Não adianta fazer o tratamento do pet, se o local em que ele vive está infestado com pulgas ou carrapatos. Nesse caso, o ideal é utilizar produtos no ambiente para conter a proliferação. Porém, como nesse período é mais comum encontrar esse tipo de parasita, o animal pode pegá-lo em um passeio, enquanto fica em contato com a grama ou outro pet que esteja com o problema, comenta Kelly.
 
Segundo a médica, o tratamento mais comum é a manipulação de pipetas com medicamentos que são colocados na região da nuca. Mas isso vai depender da adaptação de cada pet, pois o uso de alguns tipos de produtos implica que o animal deixe de tomar banho durante determinado período, para não perder o efeito. Já outros compostos resistem ao banho. Além disso, o medicamento só fará efeito após o contato do parasita. Isso quer dizer que as pulgas não vão cair imediatamente, pois algumas ainda estão em fase de pupas e só depois que eclodirem é que morrerão, explica.
 
Caso a infestação seja maior, o ideal é que o dono realize uma dedetização no ambiente e tose os pelos dos bichinhos. Vale lembrar que apenas utilizar produtos antipulgas não irá resolver o problema. Se a situação fugir do controle o melhor a fazer é levar o animal ao veterinário para recomendar tratamento mais eficaz, orienta.