O número de votos brancos e nulos registrado nas eleições municipais deste domingo (28) foi o maior desde 1996, quando foram realizadas as primeiras eleições informatizadas do Brasil.

Em todo o país, o número de votos brancos e nulos foi de 9,8% no segundo turno, com votos brancos somando 3,25% dos eleitores e votos nulos outros 6,6%. No primeiro turno, o índice foi de 11,1%. Entre os segundos turnos, o maior índice era de 1996, com 1,7% de votos em branco e 7,5% de votos nulos, num total de 9,2%.

A cidade com maior porcentual de votos nulos foi Petrópolis (RJ), com 12,48%. Já a cidade com maior número de votos em branco foi Guarulhos, na grande São Paulo, com 6,32%.

Em Curitiba, votos brancos e nulos somaram 6,63% do eleitorado (2,42% votaram em branco e 4,21% anularam o voto).

No Paraná, entre as cinco cidades que tiveram segundo turno, Ponta Grossa foi a que registrou maior número de votos em branco (2,55%). A capital paranaense liderou em votos nulos, seguida por Ponta Grossa (4,01%).

Vale ressaltar que na cidade na região dos Campos Gerais do Paraná o candidato Marcelo Rangel (PPS) foi eleito com 88.611 votos (50,48%), contra 86.929 (49,52%) de Pericles (PT). A diferença entre os candidatos foi de 1.682 votos, sendo que, ao todo, 12.321 eleitores votaram nulo ou branco.

A Justiça Eleitoral desconsidera os votos nulos ou branco na definição dos resultados, que é feita apenas com os votos válidos.

Abstenção

Seis milhões dos 31,7 milhões de eleitores aptos a votar no segundo turno das eleições municipais faltaram neste domingo (28) às urnas. A abstenção no segundo turno chegou a 19,11%, 3 pontos percentuais a mais que o índice do primeiro turno, de cerca de 16%, e é o segundo maior da história dos segundo turnos.

O Maranhão foi o estado com maior índice de abstenção no segundo turno. Dos 678.070 eleitores que deveriam voltar às urnas na capital, São Luís, única cidade do estado com segundo turno, 149.439 não compareceram, 22,04% do total. O Rio de Janeiro aparece em seguida, com 21,55% de abstenção e a Bahia, com 21,4%.