O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou ontem que a candidatura da chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ao governo do Estado, vai depender do aval da presidente Dilma Rousseff. A alegação dele é que Dilma pode pedir que Gleisi fique no ministério. Pela lei eleitoral, se quiser concorrer ela terá que se desincompatibilizar do cargo até abril do ano que vem.

A Gleisi pode ser candidata. Mas tem bastante tempo. A primeira coisa que ela tem que fazer é conversar com a Dilma, afirmou. Bernardo citou como exemplo ele próprio, que em 2006, era ministro do Planejamento do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e foi instado por Lula a desistir de disputar a reeleição para a Câmara Federal para continuar no governo. Caso Gleisi acabe não saindo candidata, Bernardo citou como possíveis nomes alternativos do PT para o governo os deputados federais Ângelo Vanhoni e André Vargas.

Sobre possíveis alianças, o ministro afirmou que o PT deve procurar os partidos que compõem a base do governo federal, e que já estiveram juntos em eleições anteriores, como o PDT do ex-senador Osmar Dias, o PV e o PC do B. Ele acredita ainda na possibilidade de negociação com o PMDB, apesar do partido estar dividido entre a candidatura própria ou o apoio à reeleição do governador Beto Richa (PSDB). O Pessuti já falou que tem interesse em se lançar candidato. O outro (Requião) também. Mas não pode ser nós que vamos fechar a porta. Se não der no primeiro turno, pelo menos fica a discussão para o segundo, avaliou.

Ao lado do ministro, o deputado Vanhoni desconversou sobre a possibilidade dele substituir Gleisi, e também afirmou que é cedo para pensar em nomes. Além disso, o deputado também se mostrou otimista sobre as chances de um acordo com o PMDB. Até o dia da convenção vamos buscar uma aliança com o PMDB. Vamos dialogar com os deputados indistintamente, inclusive com os que dão apoio ao governo Beto Richa na Assembleia, afirmou. (IS)